STJ determina melhorias no transporte de pacientes no Tocantins após ação do MPTO

Além da obrigação de ampliar a frota de ambulâncias de UTI móvel, a decisão do STJ também manteve a condenação por dano moral coletivo devido à ineficiência na execução do serviço

 

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) obteve uma vitória no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em uma ação civil pública para melhorar o serviço de transporte de urgência e emergência de pacientes. O objetivo é aumentar a frota de ambulâncias de UTI móvel e distribuir os veículos de forma a atender todas as unidades hospitalares da rede estadual.

O STJ negou o recurso apresentado pelo Estado e confirmou o acórdão do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), que obriga a administração pública a regularizar a prestação do serviço. Antes dessa decisão, o Ministério Público já havia obtido sucesso na primeira instância da Justiça, na Vara da Saúde de Palmas, que também determinou a mesma obrigação ao Estado.

DANO MORAL COLETIVO: 

Além da obrigação de ampliar a frota de ambulâncias de UTI móvel, a decisão do STJ também manteve a condenação por dano moral coletivo devido à ineficiência na execução do serviço. Tanto o Estado quanto a empresa responsável pelo transporte de pacientes à época do processo terão que pagar, cada um, R$ 560.160,00, corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Esse valor, correspondente a 10% do contrato vigente entre o Estado e a empresa à época, será destinado ao Fundo Estadual de Saúde.

CONTEXTO DA AÇÃO: 

A ação civil pública foi iniciada pela 27ª Promotoria de Justiça da Capital em agosto de 2020, em meio à pandemia de Covid-19. Diversas irregularidades foram relatadas pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) e pelas promotorias de Justiça em Araguaína, Porto Nacional e Colinas do Tocantins. Entre elas, casos de pacientes que faleceram enquanto aguardavam por horas o transporte de UTI móvel.

O CRM destacou o descumprimento de normas que exigem a presença de profissionais médicos especializados em medicina intensiva, terapia intensiva ou terapia intensiva pediátrica nos serviços de transporte de pacientes.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Mais Notícias