Lavrador é condenado pelo Tribunal do Júri por feminicídio no interior do Tocantins
O crime ocorreu em 22 de setembro de 2023 e foi classificado como homicídio triplamente qualificado
o Tribunal do Júri da Comarca de Palmeirópolis condenou nessa segunda-feira, 12 , um lavrador de 51 anos pelo assassinato de sua ex-companheira, Leila Lúcia Moreira de Jesus. O crime ocorreu em 22 de setembro de 2023 e foi classificado como homicídio triplamente qualificado. A Justiça considerou o caso como feminicídio, reconhecendo ainda o motivo fútil e a surpresa do ataque, que impediu a defesa da vítima.
De acordo com os autos, o réu e a vítima mantiveram um relacionamento por aproximadamente seis anos, porém estavam separados há mais de dois meses quando o crime aconteceu. Na noite do homicídio, o lavrador foi até a residência da ex-companheira por volta das 20h, onde permaneceu na companhia de amigos. Durante a noite, ele expressou o desejo de reatar o relacionamento, mas teve sua proposta recusada por Leila Lúcia.
O crime
Conforme o processo, após a saída dos amigos, Leila Lúcia também deixou a residência e se dirigiu a um bar próximo. Ao retornar, ela foi surpreendida e esfaqueada três vezes, o que resultou em sua morte. A defesa do réu alegou que ele agiu sob forte emoção, prometendo apresentar essa tese durante o julgamento.
Sentença e Pena
Durante o julgamento realizado nessa segunda-feira, os jurados, por maioria, confirmaram a materialidade e a autoria do crime. A juíza Emanuela da Cunha Gomes, ao proferir a sentença, destacou o feminicídio como fator qualificante, fixando a pena inicial em 12 anos de reclusão.
Contudo, ao considerar as outras qualificadoras – motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima – a pena foi aumentada para 14 anos de prisão, a serem cumpridos em regime fechado.
Posicionamento da Magistrada e desfechos
A magistrada agradeceu aos advogados de defesa, servidores, policiais e ao Ministério Público pela colaboração durante o julgamento, que transcorreu sem problemas. O lavrador permanecerá preso na unidade prisional de Palmeirópolis enquanto aguarda o julgamento de eventuais recursos contra a condenação. Na sentença, a juíza manteve a prisão preventiva, destacando que as circunstâncias que levaram à sua decretação ainda persistem.