Secretaria de Saúde alerta sobre riscos da automedicação na prevenção da dengue
A SES-TO destaca a importância do acompanhamento médico para evitar complicações graves da doença.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) está intensificando esforços para conscientizar a população sobre os cuidados adequados no combate à dengue, destacando os perigos da automedicação, que podem agravar a forma hemorrágica da doença.
A dengue, uma enfermidade febril aguda causada por diferentes sorotipos do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, apresenta sintomas como febre alta, dores musculares, náuseas e manchas vermelhas na pele. Embora a maioria dos pacientes se recupere completamente, sem cuidados adequados, a doença pode evoluir para formas graves, incluindo hemorragia e choque, podendo ser fatal.
Diego de Abreu Noleto, médico especialista em Medicina de Família e Comunidade da SES-TO, ressalta a importância de evitar a automedicação, pois certos medicamentos podem piorar o quadro clínico, como os salicilatos e anti-inflamatórios não hormonais. Ele enfatiza a necessidade de buscar assistência médica assim que surgirem os primeiros sintomas e priorizar a hidratação para um tratamento adequado.
De acordo com dados epidemiológicos divulgados pela SES-TO, houve um aumento alarmante de 107,2% no número de casos prováveis de dengue no Tocantins em 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior, evidenciando a urgência de ações preventivas e de controle.
Para enfrentar essa situação, a SES-TO tem implementado diversas medidas, incluindo o monitoramento constante da situação epidemiológica em todos os municípios, a divulgação de boletins semanais, alertas aos municípios para intensificar as atividades de prevenção e controle, além de capacitações para profissionais de saúde e agentes de combate às endemias.
A prevenção continua sendo a melhor estratégia contra a dengue, Zika e chikungunya. A participação da comunidade é essencial, com medidas simples como eliminar recipientes que acumulem água parada, manter vasos de plantas sem pratos com água, limpar regularmente calhas e ralos, e manter piscinas sempre tratadas. Além disso, é fundamental permitir o acesso dos agentes de combate às endemias às residências e estabelecimentos comerciais para inspeções regulares.