Na última segunda-feira, 26, foi realizada a aula inaugural do curso de Olericultura Orgânica na Unidade Penal Regional (UPR) de Guaraí. Este curso é oferecido em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e tem como objetivo principal a capacitação dos custodiados em cultivo de hortaliças e frutos de ciclo rápido.
O curso, que tem duração de 40 horas, visa proporcionar aos participantes uma formação que não só aumenta as chances de empregabilidade e empreendedorismo, mas também contribui para a remição de pena. O gerente de Reintegração Social, Trabalho e Renda ao Preso, Dilson Noleto, destacou a importância da qualificação.
“Nós concentramos vários esforços para que esse curso acontecesse, portanto que vocês possam dar valor, deem total atenção ao professor. O mais importante é que vocês aprendam muito e tenham qualificação. Aqui na unidade tivemos um aumento de 50% de pessoas trabalhando, muitas pessoas gostariam de ter essa oportunidade. Agradeço ao chefe da Unidade por abrir as portas para que possamos realizar essa ação, e podem contar com a nossa Gerência para o que precisarem”, explicou o gerente.
Um dos custodiados expressou sua gratidão pelas oportunidades oferecidas. “Eu acredito que nós vamos ter uma nova vida lá fora, e acredito na mudança de vida de cada um. E com essa mobilização que vocês estão fazendo, a gente tem que ser grato pela oportunidade, que não é pra todos”.
Parcerias e Produção de Artefatos de Concreto
Além da capacitação, a UPR de Guaraí está expandindo suas iniciativas de ressocialização e remição de pena através de parcerias com as prefeituras de Guaraí e Pedro Afonso. Foram assinados Termos de Cooperação Técnica para a produção de artefatos de concreto, como blocos e bloquetes.
O chefe da UPR, Adriano Almeida, detalhou a colaboração. “O termo de cooperação entre o Poder Executivo Municipal, a Secretaria da Cidadania e Justiça e a Polícia Penal consiste em o Poder Executivo disponibilizar o material e a Polícia Penal entrar com a mão de obra. Da fabricação dos blocos, uma parte fica na Unidade e a outra fica com o Executivo, tendo assim uma economia, além da ressocialização e remição da pena através do trabalho do preso”.