
O Sindicato dos Farmacêuticos do Tocantins (Sindifato) recebeu uma série de denúncias envolvendo farmacêuticos que alegam ter sofrido assédio moral por parte da direção do Hospital Regional de Araguaína (HRA). Esses profissionais relataram que, devido a esse tratamento, decidiram pedir exoneração de seus cargos, o que resultou na redução do número de farmacêuticos na unidade hospitalar.
Após as saídas, o hospital ficou com apenas metade dos farmacêuticos contratados, o que gerou um vazio nas funções essenciais, especialmente na área do centro cirúrgico. O Sindifato ressaltou que, sem a presença dos farmacêuticos, os assistentes de farmácia têm ficado responsáveis por tarefas críticas, o que aumenta o risco de erros, principalmente nas trocas de medicamentos e controle de substâncias.
Diante da situação, o Sindifato informou que tomará medidas legais contra a prática de exercício ilegal da profissão. A entidade informou que denunciará a direção do hospital e os assistentes de farmácia que continuam a trabalhar sem supervisão de um profissional qualificado. A denúncia será encaminhada à Secretaria de Saúde, cobrando providências urgentes para a reposição dos farmacêuticos.
Situação de escassez de profissionais
Além disso, o Sindicato reforçou seu pedido por um concurso público na área da saúde no Tocantins, visto que a última seleção aconteceu em 2009. A falta de novas contratações tem levado à aposentadoria de muitos profissionais, e outros estão se desligando devido à instabilidade dos contratos temporários. O presidente do Sindifato, Renato Soares Pires Melo, destacou que é urgente a realização de um concurso para garantir a contratação de profissionais efetivos e qualificados.
Posicionamento oficial da Secretaria de Saúde
Em resposta às queixas, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) afirmou que as escalas de farmacêuticos no HRA estão sendo mantidas e que os pedidos de exoneração foram substituídos por outros profissionais.
A Secretaria também afirmou que está em processo de elaboração de um novo concurso público para a saúde, que será lançado assim que as mudanças legislativas necessárias forem concluídas após o recesso parlamentar.
Em relação às alegações de assédio moral, a SES-TO declarou que não recebeu denúncias formais até o momento, mas que repudia qualquer prática de desrespeito. A Secretaria já iniciou uma investigação interna e, caso as acusações sejam confirmadas, tomará as medidas apropriadas.