Construtora é condenada com indenização de R$ 200 mil e sem honorários em ação do MPT sobre assédio eleitoral

Ação Civil Pública contra a RAF Construtora Manutenção Industrial Ltda

 

A procuradora Cecília Amália Cunha Santos, em representação ao Ministério Público do Trabalho (MPT) na Ação Civil Pública contra a RAF Construtora Manutenção Industrial Ltda., de Bom Jesus do Tocantins, destaca a importância de preservar a Constituição Federal, assegurando a liberdade política e a intimidade dos trabalhadores para que possam exercer plenamente sua cidadania sem restrições do empregador.

ARGUMENTAÇÃO 

A procuradora apresentou embargos de declaração, argumentando a presença de erro material na condenação de honorários advocatícios e destacando a omissão na avaliação do destino da indenização, sugerindo que seja direcionada a entidades sem fins lucrativos em prol da coletividade ou, alternativamente, ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

O magistrado Maximiliano Pereira de Carvalho deferiu a solicitação do MPT quanto à destinação da indenização, apoiando-se na Resolução nº 179, de novembro de 2020, do Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho. Essa resolução autoriza o MPT a direcionar bens e recursos provenientes de sua atuação finalística para projetos de entidades de interesse social.

HONORÁRIOS

Em relação aos honorários, o juiz concorda com o MPT, ressaltando que, sendo uma Ação Civil Pública, está sujeita a legislação específica que permite a condenação de honorários de sucumbência apenas nos casos de má-fé, o que não se configura na presente situação. Da mesma forma, o MPT não pode recebê-los quando for vencedor.

A REPARAÇÃO DOS DANOS 

A reparação dos danos foi fixada em R$ 200 mil, devendo ser direcionada para projetos sociais de uma entidade de interesse social, a ser indicada pelo Ministério Público do Trabalho, ou, de forma subsidiária, destinada ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Processo nº 0000376-52.2022.5.10.0861

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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