Na última terça-feira (16), Érica de Souza Vieira Nunes foi presa em flagrante após tentar sacar um empréstimo em uma agência bancária localizada em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, na companhia de um idoso morto. A mulher enfrenta acusações de tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. Enquanto aguarda audiência de custódia, a defesa de Érica insiste em sua inocência, alegando que o idoso estava vivo ao chegar ao banco.
Registrado em vídeo, o incidente mostra o idoso, pálido e sem reação, sentado em uma cadeira de rodas enquanto Érica tenta convencê-lo a assinar o empréstimo de R$ 17 mil. A mulher, que se apresentou como cuidadora e sobrinha do idoso, chegou a afirmar aos funcionários do banco que “ele era assim mesmo”. A falta de resposta do idoso levou os funcionários a acionarem o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU).
Ao chegar ao local, o médico constatou que o idoso já estava morto há algumas horas. A Polícia Militar foi então chamada, e Érica foi encaminhada à 34ª DP (Bangu) para investigação. O corpo do idoso será submetido a exame no Instituto Médico Legal (IML) para determinar as circunstâncias da morte, enquanto os agentes realizam diligências para esclarecer o ocorrido.
A advogada de Érica, Ana Carla de Souza Correa, sustenta que o idoso estava vivo ao chegar ao banco e que sua cliente estava em estado emocional abalado e sob efeito de medicamentos. Em seu depoimento à Polícia Civil, Érica afirmou ter ido à agência bancária acompanhada por um motorista de aplicativo.
“É uma senhora idônea, que tem uma filha especial que depende dela. Sempre cuidou com todo o carinho do Seu Paulo. Tudo será esclarecido, e acreditamos na inocência da senhora Érica”, declarou a advogada. “Existem testemunhas que serão ouvidas no momento oportuno.”
