A juíza da Vara de Violência Doméstica e Juizado Especial Criminal de Araguatins, Nely Alves da Cruz, determinou o envio a júri popular de um lavrador de 35 anos, acusado de matar Maria Alice, de 32 anos, que morreu após quase dois meses em coma.
O crime ocorreu em 16 de maio de 2022, em uma estrada vicinal no Ribeirão da Mata, zona rural de Araguatins. A vítima sofreu múltiplas fraturas no tronco e politraumatismo, incluindo traumatismo craniano, de acordo com o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO).
RELATOS DE COMO TUDO ACONTECEU
Testemunhas, incluindo amigas e irmãs da vítima, relataram que o casal, apesar de não viver junto, namorava há muito tempo e tinha cinco filhos em comum. As testemunhas afirmaram que o acusado retirou a vítima de um evento em um bar por ciúmes, levando-a para uma zona de mata, local em que o réu a espancou com socos e golpes com capacete e a arrastou com o veículo.
Segundo a acusação, depois das agressões, o agressor a levou para a residência da mãe e somente no dia seguinte a encaminhou para o hospital local. De lá, ela foi transferida para Augustinópolis e, em seguida, para Araguaína, onde morreu.
O réu alegou que encontrou a vítima embriagada na estrada e a levou para casa, mas ela teria caído da moto durante o trajeto, ferindo-se. A vítima, entretanto, faleceu dias depois devido aos ferimentos.
DENÚNCIA E DECISÃO DA JUÍZA
O lavrador responde por homicídio qualificado por motivo torpe (ciúme), com recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por feminicídio. A juíza determinou que o réu permaneça preso até 25 de abril de 2044 e será julgado pelo júri popular. Sua defesa tem a opção de recorrer ao Tribunal de Justiça para tentar evitar o julgamento pelo júri, buscando a impronúncia.
