O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu o habeas corpus apresentado pela defesa do governador afastado do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), que buscava reassumir o comando do Executivo estadual. A decisão foi tornada pública nesta sexta-feira, 10.
O político e a primeira-dama, Karynne Sotero, estão fora das funções desde setembro, quando se tornaram alvos de investigação sobre supostos desvios de recursos públicos na compra de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19.
De acordo com a manifestação de Barroso, o habeas corpus não teve seguimento por questões processuais. O ministro apontou que o pedido não atendia aos requisitos legais, podendo carecer de fundamentação adequada, de elementos essenciais ou contrariar entendimentos já consolidados do Supremo Tribunal Federal. Na prática, a decisão mantém o afastamento do governador e da primeira-dama até nova deliberação judicial.
Trâmite do pedido
O habeas corpus havia sido protocolado pela defesa de Wanderlei Barbosa no dia 8 de setembro de 2025. Dois dias depois, em 10 de setembro, uma movimentação no sistema do STF já indicava que o pedido havia sido classificado como “não conhecido”. Na ocasião, os advogados ainda não tinham apresentado documentos considerados indispensáveis para comprovar suposto constrangimento ilegal.
Redistribuição do caso no Supremo
Posteriormente, os advogados anexaram as documentações faltantes, mas o processo passou por mudança de relatoria. O ministro Edson Fachin, que inicialmente conduzia o caso, deixou a relatoria ao assumir a presidência do Supremo. Com a redistribuição, o processo foi encaminhado ao ministro Luís Roberto Barroso, que decidiu manter a decisão anterior e negar o pedido de retorno de Wanderlei ao cargo.
