O Governo do Tocantins celebra uma marca histórica: quatro anos sem registros de fugas no sistema prisional estadual. Desde novembro de 2020, quando ocorreu a última evasão de custodiados na Unidade Penal Regional de Palmas, nenhum incidente semelhante foi registrado, resultado de uma gestão focada na segurança e modernização do sistema.
De acordo com a Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju), responsável pela administração do sistema prisional, o sucesso se deve à implementação de medidas estratégicas que incluem reformas estruturais, capacitação de servidores e criação de grupos especializados para reforçar a segurança nas unidades. Ações como revistas regulares, monitoramento rigoroso e aplicação de procedimentos diários têm sido fundamentais para prevenir fugas e manter a ordem.
“Esse marco reflete o compromisso do Governo do Tocantins em investir na segurança pública e nas condições de trabalho dos policiais penais. Estamos empenhados em garantir que o sistema seja seguro e eficiente para a sociedade”, destacou Deusiano Amorim, secretário da Seciju.
Estrutura modernizada e atuação especializada
A reformulação das 25 unidades penais do estado foi um dos pilares para alcançar a marca. Todas passaram por reformas e adaptações que incluíram a construção de espaços para educação e trabalho, promovendo a reintegração social dos detentos. A inauguração da Unidade de Tratamento Penal do Cariri (UTPC), em 2020, foi outro destaque, possibilitando o isolamento de lideranças de organizações criminosas.
Além disso, grupos especializados como o Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (GOPE), o Núcleo de Operações com Cães (NOC) e o Grupo Tático de Escolta (GTE) foram criados para lidar com situações de alta complexidade, incluindo escoltas de alto risco e controle de motins.
“O trabalho da Polícia Penal tem sido exemplar. A criação de unidades especializadas trouxe dinamismo e profissionalismo às operações do sistema prisional”, afirmou Cléber Solano, diretor de Administração e Operações do Sistema Penitenciário.
Investimento em tecnologia e monitoramento
Outro avanço foi a instalação das Centrais de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (CMEP), que auxiliam na gestão de presos em regime semiaberto ou em cumprimento de medidas cautelares, reduzindo a superlotação carcerária. A inteligência policial também ganhou reforço com a criação da Agência Central de Inteligência, que monitora atividades de organizações criminosas dentro e fora das unidades prisionais.
“Esse trabalho tem sido essencial para desarticular ações criminosas, fortalecendo a segurança nas unidades e na sociedade”, destacou Alexandre Bibikow, gerente de monitoramento.
Valorização dos servidores e reintegração social
A valorização dos policiais penais foi outro ponto crucial. Em 2021, o governo sancionou o Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCS), que incluiu reajustes salariais e a criação de novas funções comissionadas. Além disso, 156 novos policiais foram nomeados, encerrando uma espera de mais de oito anos.
Os custodiados também têm oportunidades de reinserção social, com acesso a cursos, trabalho remunerado e assistência religiosa e de saúde. Essas iniciativas promovem a ressocialização e o cumprimento efetivo das penas.
Com um sistema fortalecido e alinhado às melhores práticas de gestão prisional, o Tocantins mantém um ambiente seguro e controlado, evidenciando o compromisso do governo com a segurança pública e a ressocialização dos detentos.