
A Polícia Civil do Tocantins iniciou nesta quarta-feira, 10 , a “Operação Payback” para prender e buscar evidências contra três suspeitos de arrombar caixas eletrônicos em Miranorte e Pedro Afonso no ano de 2020, de onde levaram mais de R$ 493 mil. Até agora, apenas um dos suspeitos foi encontrado e detido. As buscas continuam para capturar mais quatro pessoas e realizar buscas em 12 endereços em Fortaleza e Novo Oriente, no Ceará.
A operação foi iniciada após investigações da 1ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Palmas) para esclarecer dois arrombamentos a caixas eletrônicos em agências bancárias no Tocantins. Um ocorreu em 18 de março de 2020 no Bradesco em Miranorte, e o outro em 23 de maio do mesmo ano no Bradesco em Pedro Afonso.
Durante as investigações, descobriu-se que os três suspeitos, naturais de Novo Oriente (CE), também estão envolvidos em diversos furtos semelhantes em outros estados do Brasil, incluindo São Paulo, Mato Grosso, Maranhão e Pará.
MODUS OPERANDI DA QUADRILHA
Segundo o delegado Evaldo Oliveira Gomes, titular da 1ª DEIC – Palmas, a quadrilha direcionava-se a agências bancárias em cidades do interior, principalmente do Banco Bradesco, com pouca infraestrutura de segurança. Eles faziam levantamentos prévios da rotina das agências para identificar vulnerabilidades e hospedavam-se em cidades vizinhas para não levantar suspeitas.
No dia anterior aos furtos, os suspeitos provocavam falhas nos terminais de autoatendimento para obter senhas de abertura dos caixas eletrônicos. Na manhã seguinte, usavam as senhas capturadas para efetuar os furtos.
MANDADOS DE PRISÃO, BUSCA E APREENSÃO
Assim que os autores foram identificados, a polícia solicitou mandados de prisão e busca e apreensão, que foram autorizados pelas Varas Criminais de Miranorte e Pedro Afonso.
De acordo com as investigações, há suspeitas de participação de outras pessoas no esquema, envolvidas na ocultação e dissimulação da origem dos valores furtados. Por isso, foram bloqueados judicialmente cerca de R$ 1,8 milhão nas contas bancárias dos envolvidos e apreendidos diversos objetos adquiridos com o produto dos crimes.
Até agora, um dos suspeitos foi detido e será transferido para a prisão local, onde aguardará as decisões da Justiça do Tocantins.
SOBRE A OPERAÇÃO CONJUNTA DA POLÍCIA
A operação envolve policiais civis do Tocantins das DEICs de Paraíso, Gurupi e Araguaína, das divisões especializadas de repressão a narcóticos em Palmas e Araguaína, além do Grupo de Operações Táticas Especiais da Polícia Civil (GOTE), com suporte da Polícia Civil do Ceará por meio da Delegacia de Roubos e Furtos.