A Marinha do Brasil anunciou nesta quinta-feira, 9, a continuidade das buscas pelas três pessoas ainda desaparecidas após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira (Ponte JK), localizado na BR-226, que liga o Maranhão ao Tocantins. As operações haviam sido ameaçadas de encerramento, mas receberam reforço do Consórcio Estreito Energia (CESTE).
Segundo a Marinha, nesta nova fase, mergulhadores realizarão buscas mais direcionadas para áreas mais afastadas, acompanhando a correnteza do Rio Tocantins. O CESTE informou que pode conter a vazão das águas da Usina Hidrelétrica de Estreito por mais alguns dias, garantindo janelas de mergulho que possibilitem avanços nas operações. Essa condição será reavaliada periodicamente.
Decisão em meio à incerteza
No início da semana, a Marinha havia comunicado que encerraria as buscas a partir de quarta-feira, 8, caso nenhuma nova evidência fosse encontrada até o final de terça-feira, 7. Contudo, o cenário mudou após a manifestação do ministro dos Transportes, Renan Filho, que declarou em suas redes sociais que as buscas seriam mantidas.
“Conversei com o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, e ele me garantiu que as operações no leito do Rio Tocantins vão continuar até que todas as vítimas sejam localizadas. A nossa prioridade é dar suporte às famílias e assegurar o resgate dos corpos neste momento tão difícil”, afirmou o ministro.
Base de operações é deslocada
Como parte da reestruturação das buscas, a Marinha precisou mover a Base Avançada de Mergulho para uma área mais elevada. A antiga localização apresentava risco de alagamento em virtude do aumento da vazão do rio fora das janelas de controle estabelecidas pela usina.
O esforço para localizar as vítimas
Até o momento, das 17 pessoas inicialmente desaparecidas no acidente, 14 corpos foram recuperados, e uma vítima foi resgatada com vida.