Tribunal Militar declara oficial do exército indigno após condenação por abuso sexual contra criança

Segundo as alegações, o militar é acusado de ter cometido abuso sexual contra uma sobrinha por aproximadamente cinco anos consecutivos

 

O Superior Tribunal Militar (STM) tomou uma decisão firme ao declarar um tenente-coronel do Exército indigno para o oficialato e determinar a perda de seu posto e patente. A decisão foi unânime e ocorreu devido à condenação do oficial na justiça criminal comum a dez anos e seis meses de reclusão por violência sexual contra uma criança.

O CRIME E A CONDENAÇÃO: 

O caso, mantido em segredo de justiça pelo STM para proteger a identidade da vítima, teve sua condenação proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina em novembro de 2015, com trânsito em julgado em abril de 2022.  O crime ocorreu em Florianópolis e o oficial foi denunciado pelo Ministério Público estadual por estupro de vulnerável, previsto no artigo 217-A do Código Penal, em continuidade delitiva.

Segundo as alegações, o militar é acusado de ter cometido abuso sexual contra uma sobrinha por aproximadamente cinco anos consecutivos, começando quando a criança tinha por volta de sete anos de idade. Esses abusos teriam ocorrido principalmente nas casas de parentes.

Após a condenação transitar em julgado, o Ministério Público Militar propôs uma representação contra o oficial junto ao STM, buscando sua exclusão das Forças Armadas.

FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO: 

A relatoria do caso no STM ficou a cargo do ministro Leonardo Puntel. Em sua análise, o magistrado destacou a gravidade excepcional do crime, que viola os direitos humanos e causa danos psicossociais devastadores na vítima. Ressaltou também que as condutas do tenente-coronel ofendem o pundonor, o decoro e a ética militares, conforme estabelecido no Estatuto dos Militares.

DECISÃO UNÂNIME DO STM: 

Por unanimidade, os demais ministros do STM acolheram a Representação, reconhecendo a gravidade e afronta à honra do oficial, bem como os prejuízos à hierarquia e disciplina militares causados por sua conduta. A decisão reforça a importância da integridade e retidão dos militares, tanto na esfera pública quanto na privada, e destaca a incompatibilidade do oficial com o serviço militar em razão de sua conduta criminosa.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Mais Notícias