MPTO requer reestruturação imediata dos CERs e linha de cuidado para TEA no Tocantins

O benefício retroativo foi regulamentado no ano anterior pelo Colégio de Procuradores de Justiça do MPTO, gerando controvérsias

 

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) solicitou à Justiça que o Estado do Tocantins e o Município de Palmas atendam imediatamente à sentença judicial que ordena a reestruturação dos Centros Estaduais de Reabilitação (CERs) e a implantação de uma linha de cuidado para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O PEDIDO DE EXECUÇÃO: 

A promotora de Justiça Araína Cesárea, protocolou o pedido na última terça-feira, 30, destacando a necessidade de atender à sentença para aprimorar o serviço oferecido aos pacientes.  Segundo o documento, há 623 pacientes à espera de consulta em reabilitação intelectual/neurologia no estado, sendo 394 apenas em Palmas.

Para reestruturar os CERs e implementar a linha de cuidado para o TEA, o Estado e o Município devem fornecer toda a estrutura necessária, incluindo materiais, equipamentos, insumos e equipe multidisciplinar.

DESCUMPRIMENTOS DE PRAZOS:  

A decisão judicial, emitida em 20 de junho de 2023, estabeleceu diversos prazos, mas parte deles não foi cumprida pelo Estado do Tocantins. Os CERs não foram reestruturados, a linha de cuidado para o TEA não foi implantada e a primeira consulta dos pacientes não foi realizada.

Palmas, por sua vez, não contribuiu para a estruturação dos serviços de saúde e a implementação da linha de cuidado para pessoas com TEA, além de não aumentar o número de profissionais e promover treinamento sobre novas abordagens terapêuticas.

REQUERIMENTOS DO MPTO:  

A promotora de Justiça Araína Cesárea pede a aplicação de multa por descumprimento das determinações, além do bloqueio judicial de valores e a designação de uma audiência pública para tratar do assunto.

ANTECEDENTES DA AÇÃO: 

A ação civil pública foi iniciada em março de 2023, com o objetivo de garantir diagnóstico e tratamento adequados para pacientes com TEA, síndrome de Down e outras condições neurológicas. A decisão judicial favorável foi emitida em junho de 2023.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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