Em um mundo com uma rotina cada vez mais corrida, e cada vez mais preocupado com a saúde e o bem-estar, a suplementação alimentar se tornou uma prática comum no dia a dia da população. Os suplementos consistem em fontes concentradas de certas substâncias como vitaminas, aminoácidos, proteínas, ácidos graxos, minerais, probióticos, enzimas, entre outros. Não substitui a alimentação, porém, esses ingredientes podem ter efeitos nutricionais, metabólicos ou fisiológicos, sendo, portanto, destinados a complementar a dieta normal.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), em 2023 o mercado de suplementação no Brasil já alcançou um crescimento de 10%, movimentando bilhões de reais. A procura por um corpo de acordo com os padrões de beleza impostos pela sociedade tem sido um grande propulsor para o mercado, e produtos como vitaminas, minerais, proteínas e ervas são consumidos por milhões de pessoas que acreditam estar melhorando sua saúde. Mas deve-se levar em consideração que o uso exagerado dessas substâncias pode ocasionar mais malefícios do que benefícios.
A discussão sobre a necessidade do uso dos suplementos alimentares tem sido amplamente realizada entre profissionais da nutrição e nutrólogos. Para a 3º Sargento Meire Cunha, nutricionista da Fundação Pró-Tocantins, a suplementação é uma boa opção para quem sofre com deficiências nutricionais, possui condições especificas de saúde, possui doenças relacionadas a alimentação ou deseja alcançar um resultado especifico em relação ao próprio corpo. “A suplementação pode complementar a dieta diante de deficiências nutricionais, bem como intensificar a performance, corrigir a alimentação como fonte de energia, melhoria do cansaço físico e mental, bem como da estética corporal. A venda indiscriminada e fácil aquisição não dispensa a prescrição, bem como o acompanhamento profissional”, disse ela.
A profissional ressaltou ainda que o uso indiscriminado de suplementos nutricionais pode ocasionar danos à saúde. “O uso irracional de suplementos oferece riscos à saúde e é motivo de preocupação. Alguns possuem em sua composição, substâncias proibidas para o uso em alimentos, como estimulantes, hormônios e outras substâncias consideradas como doping pela Agência Mundial Antidoping. O DMAA, que é um estimulante do sistema nervoso central, pode causar dependência, além de aumentar o risco para o desenvolvimento de doenças hepáticas, cardíacas e renais, por exemplo. Ele foi incluído na lista de substâncias proibidas no país pela Anvisa e, portanto, não pode ser importado, mesmo que apenas para o consumo pessoal e não como objetivo de revenda. É importante também a dosagem, pois todo suplemento tem um limite específico para o consumo que a maioria das pessoas desconhece. É por isso que é importante consultar um profissional de saúde, como um médico, nutricionista, farmacêutico. A pessoa pode exceder a dose máxima recomendada ou combinar substâncias que interagem negativamente entre si, o que pode causar reações adversas”, afirmou a 3º Sargento Meire Cunha.
Para os militares que desejam ter acesso a nutricionista em Palmas, além do atendimento da Fundação Pró-Tocantins, que pode ser realizado na sede da Entidade, basta entrar em contato com o Centro Integrado de Saúde e Assistência Social do Corpo de Bombeiros do Tocantins (Cisas-BM) ou a Diretoria de Saúde e Promoção Social da Polícia Militar do Tocantins (DSPS-PMTO) através dos números:
FPTO – Secretária Médica – (63) 98155 – 0040
Cisas – BM: (63) 98456 – 5981
DSPS – PMTO: (63) 3218-2701 / 4710 / 2722 / 2762
Por Amanda Dias, Fundação Pró-Tocantins