O seu canal diário de Notícias

Operação “Vínculos Simulados”: Desarticulada organização criminosa que desviava recursos do Sistema Previdenciário

Foi desvendado pela Polícia Federal, esquema fraudulento que explorava mães recentes, resultando em prisões e apreensões. Prejuízo estimado aos cofres públicos ultrapassa R$ 14 milhões.

 

Uma ação conduzida pela Polícia Federal (PF) resultou no desmantelamento de uma organização criminosa envolvida em fraudes no sistema previdenciário. A operação, intitulada “Vínculos Simulados”, culminou na manhã desta terça-feira , 29 ,  com a execução de cinco mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão. As ações foram realizadas nas cidades de Araguaína, no norte do Tocantins e em Parauapebas, no Pará.

O esquema ardiloso empregado pelos suspeitos era direcionado ao desvio de recursos do salário-maternidade, por meio da utilização indevida de dados pessoais de mães recentes. A investigação teve início em outubro do ano passado e mostrou que os criminosos se valiam das redes sociais para atrair mulheres que haviam recentemente se tornado mães. Através de manipulações persuasivas, os indivíduos convenciam essas mulheres a compartilharem seus documentos pessoais, sob o pretexto de que assim poderiam acessar o benefício do salário-maternidade.

COMO FUNCIONAVA AS AÇÕES DOS CRIMINOSOS 

A operação descobriu que os suspeitos utilizavam uma empresa de fachada no papel de assessoria para localizar potenciais vítimas nas plataformas online. Por meio dessa empresa fictícia, eram fabricados vínculos empregatícios fraudulentos via e-Social, permitindo que as vítimas tivessem acesso ao benefício. O grupo criminoso inseria informações falsas no sistema previdenciário do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), possibilitando a obtenção indevida dos pagamentos. Depois, as mães beneficiadas repassavam metade dos valores obtidos aos suspeitos.

As investigações apontaram que cerca de quatro mil benefícios foram indevidamente concedidos até o momento, gerando um prejuízo potencial aos cofres públicos que pode ultrapassar a marca de R$ 14 milhões, de acordo com informações do Ministério da Previdência Social (MPS).

O QUE ACONTECE AGORA

Os mandados de busca e prisão foram expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal, com o apoio direto do Ministério da Previdência Social. A  Justiça Federal também autorizou a quebra do sigilo dos dados obtidos nos dispositivos eletrônicos apreendidos, bem como a retenção de bens e valores ligados aos envolvidos.

Os indivíduos implicados deverão responder pelos crimes de estelionato previdenciário, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informações e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, podem enfrentar penas de até 8 anos de prisão, conforme a legislação vigente.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia Mais