MPTO cobra da Aleto informações sobre concurso que pode ter favorecido candidatos da ampla concorrência em vagas de cotas raciais

MPTO cobra da Aleto informações sobre concurso que pode ter favorecido candidatos da ampla concorrência em vagas de cotas raciais
Foto: Calyton Cristus

 

A 15ª Promotoria de Justiça da Capital aguarda retorno da Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto) a um ofício que solicita detalhes sobre o concurso público regido pelo Ato Administrativo nº 636/2025. A ação integra procedimento administrativo do Ministério Público do Tocantins (MPTO) que investiga possíveis irregularidades na aplicação da Lei de Cotas Raciais (Lei nº 12.990/2014) no certame.

A apuração teve início após denúncia enviada ao MPTO, que aponta a possível preterição de candidatos aprovados para vagas reservadas a negros em favor de aprovados pela ampla concorrência. Segundo a denúncia, candidatos da ampla concorrência teriam sido nomeados em vagas destinadas a pessoas negras sem a devida conversão. Um exemplo citado refere-se a uma candidata para o cargo de Policial Legislativo II.

Diante das alegações, o promotor de Justiça Paulo Alexandre Rodrigues de Siqueira enviou, em 22 de setembro de 2025, um ofício à Aleto, via Procuradoria-Geral da Assembleia. O documento requisita, no prazo de 10 dias úteis, a cópia completa do Ato Administrativo nº 636/2025, a lista integral de candidatos nomeados com a classificação geral e a forma de ingresso (ampla concorrência ou cota racial/PCD), bem como autodeclarações, documentos comprobatórios e critérios utilizados na distribuição das vagas reservadas.

Base legal e andamento do procedimento

Foto: Divulgação

O Ministério Público reforça que, de acordo com a Lei nº 12.990/2014, 20% das vagas em concursos públicos são reservadas a candidatos negros, norma aplicável a órgãos que adotam políticas afirmativas. Além disso, o Estatuto da Igualdade Racial (Lei nº 12.288/2010) obriga o poder público a promover medidas que garantam igualdade racial no acesso a cargos públicos. O procedimento do MPTO segue em andamento para apuração completa dos fatos.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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