Com adicionais, valor médio do benefício em outubro chega a R$ 683,42 e alcança quase 19 milhões de famílias em todo o país
A Caixa Econômica Federal realiza nesta quinta-feira (23) o pagamento da parcela de outubro do Bolsa Família para os beneficiários cujo Número de Inscrição Social (NIS) termina em 4. O valor mínimo do benefício é de R$ 600, mas, com os adicionais previstos no programa, o valor médio recebido neste mês chega a R$ 683,42.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), cerca de 18,91 milhões de famílias serão contempladas neste ciclo, com um investimento total de R$ 12,88 bilhões.
Adicionais do programa
O Bolsa Família inclui pagamentos extras voltados a grupos específicos. O Benefício Variável Familiar Nutriz concede R$ 50 por mês, durante seis meses, para mães de bebês de até seis meses de idade, garantindo apoio à alimentação infantil. Gestantes, nutrizes e responsáveis por crianças e adolescentes de 7 a 18 anos também recebem um adicional de R$ 50 por dependente. Já famílias com crianças de até 6 anos têm direito a um acréscimo de R$ 150 por filho.
Pagamentos antecipados e consulta
O cronograma segue o modelo tradicional, com depósitos nos últimos dez dias úteis de cada mês. Os beneficiários podem conferir o valor e as datas de pagamento por meio do aplicativo Caixa Tem.
Neste mês, moradores de 39 municípios receberam o benefício de forma antecipada, na segunda-feira (20). A antecipação contemplou cidades atingidas por estiagens, enchentes ou vulnerabilidade indígena em estados como Acre, Amazonas, Paraná, Piauí, Roraima e Sergipe. A lista completa pode ser consultada no site do MDS.
Mudanças e regra de proteção
Desde 2023, o programa não aplica mais o desconto referente ao Seguro Defeso, conforme previsto na Lei 14.601/2023, que reinstaurou o Bolsa Família. O Seguro Defeso é destinado a pescadores artesanais impedidos de trabalhar durante o período de reprodução dos peixes.
Além disso, cerca de 1,89 milhão de famílias estão atualmente enquadradas na regra de proteção, que permite continuar recebendo 50% do benefício por até um ano após o aumento da renda familiar — desde que cada membro receba até meio salário mínimo. Em outubro, 211.466 famílias ingressaram nessa condição.
O período máximo de permanência na regra foi reduzido de dois anos para um em junho, mas a mudança vale apenas para novas adesões. Quem entrou antes de maio de 2024 mantém o direito ao benefício parcial por dois anos.
