A Operação Shamar foi iniciada No dia 21 de agosto, resultando na detenção de 24 indivíduos em flagrante por crimes de violência doméstica e familiar contra mulheres. Esta ação, que conta com a colaboração das forças de segurança do Estado do Tocantins, está programada para continuar até o dia 15 de setembro, abrangendo todo o território tocantinense e tem como seu objetivo principal o combate ao feminicídio e à violência doméstica e familiar.
Nestes primeiros dez dias de operação, além das prisões, foram emitidas 69 Medidas Protetivas de Urgência e instaurados 102 novos inquéritos. Outros 49 inquéritos policiais foram concluídos e encaminhados ao sistema judiciário.
Na região de Araguaína, 44 inquéritos policiais foram finalizados e enviados ao Ministério Público e ao poder judiciário, com o principal indiciamento sendo lesão corporal qualificada, além de casos de estupro, cárcere privado e violação de domicílio. Foram emitidos 21 pedidos de medidas protetivas de urgência.
PREVENÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO
No que diz respeito à conscientização, a Operação Shamar tem realizado um trabalho proativo ao fornecer informações sobre a prevenção da violência por meio de palestras. No total, foram realizadas 61 palestras, inclusive em aldeias indígenas em colaboração com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
O ciclo de palestras nas aldeias indígenas começou com os povos da etnia Xerente, em Tocantínia, seguido pelas etnias Krahô, em Itacajá, e Karajá, em Lagoa da Confusão. Em Palmas, uma ação educativa ocorreu em um shopping da capital, em parceria com a Secretaria da Mulher, envolvendo palestras, teatro e discussões sobre o combate à violência contra a mulher durante dois dias.
A conscientização também foi direcionada aos jovens e crianças, com a Polícia Militar realizando ações educativas em 48 unidades escolares em 15 cidades do Tocantins. Um total de 7.189 crianças e adolescentes foram orientados sobre a importância de evitar a violência doméstica. 48 visitas preventivas foram feitas às mulheres vítimas de violência doméstica.
O QUE DIZ OS REPRESENTANTES DA SEGURANÇA PÚBLICA NO ESTADO
O secretário da Segurança Pública do Tocantins, Wlademir Mota Oliveira, enfatizou a importância dessas ações e o comprometimento das forças de segurança. “Ao mesmo tempo que ficamos satisfeitos por conseguir atender a essas vítimas, lamentamos ver que a violência doméstica ainda é um problema tão presente em Tocantins. Portanto, além das atividades de polícia, estamos fornecendo informações às famílias tocantinenses, especialmente às mulheres, sobre os diferentes tipos de violência, a rede de apoio disponível e os meios para denunciar”, concluiu.
O Comandante-Geral da Polícia Militar do Tocantins, Coronel Márcio Antônio Barbosa, reforçou a importância da cooperação entre as forças de segurança. “A Operação Shamar é fundamental para a segurança das mulheres em nosso estado. Já se passaram 10 dias da Operação e os resultados são positivos. As mulheres estão sendo conscientizadas de que têm uma rede de proteção, com serviços de acolhimento e apoio. Elas não estão sozinhas. Isso é muito importante, porque percebemos que as mulheres estão recorrendo aos órgãos competentes para denunciar quando necessário, e isso se deve à integração entre as forças de segurança”, relatou.
A Operação Shamar, promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Diopi/Senasp), é uma iniciativa do Governo do Tocantins para coordenar e otimizar a atuação das forças de segurança do Estado, com o objetivo de fortalecer a resposta às demandas de segurança.
As ações da Operação Shamar são coordenadas pelo Sistema Integrado de Operações (SIOP), vinculado à Superintendência de Segurança Integrada da Secretaria da Segurança Pública (SSI/SSP-TO).
A Operação Shamar conta com a colaboração da Secretaria da Segurança Pública, Polícia Militar, Secretaria da Cidadania e Justiça, Secretaria da Mulher e Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais.
