A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) organizou, nesta quarta-feira, 26, a 3ª reunião do Comitê Estadual de Prevenção do Óbito Materno, Fetal e Infantil (Cepomfi), visando garantir um ambiente seguro e atendimento de qualidade para mulheres grávidas e recém-nascidos no Tocantins.
A reunião, realizada na sede da SES-TO, contou com a participação de representantes de diversas instituições, como a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), Escola Tocantinense do SUS Dr. Gismar Gomes (Etsus), Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Conselho Regional de Medicina (CRM-TO), Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Tocantins (Cosems), Secretaria de Estado da Mulher e a Secretaria Municipal de Saúde de Palmas (Semus).
Segundo a médica pediatra Gabrielle Sevilha, do Cepomfi/SES-TO, a reunião marca um avanço significativo na saúde do Tocantins, destacando iniciativas como a proposta de lei para a maternidade segura e a discussão sobre a assistência à gestante indígena.
“Neste primeiro semestre já participamos na elaboração da proposta de um Projeto de Lei na Assembleia Legislativa para a construção da lei da maternidade segura, discutimos a linha de cuidado da gestante indígena e também fizemos um evento a nível estadual, onde os gestores de todo o estado do Tocantins estavam presentes”, relatou a médica.
Robson José da Silva, superintendente de Políticas de Atenção à Saúde/SES-TO, enfatizou a importância de analisar as causas locais da mortalidade materna e infantil para padronizar e qualificar os cuidados primários durante o pré-natal e puerpério.
Margarida Araújo Barbosa Miranda, representante da Etsus, destacou o papel crucial da educação permanente na qualificação dos profissionais de saúde e na análise dos óbitos maternos, fetais e infantis para implementação de medidas preventivas.
“Essa participação da Etsus demonstra o quanto a escola pode propor qualificação a partir das análises dos óbitos, gestar, gerir esse processo de educação permanente dos trabalhadores, pensando, objetivando a redução dos óbitos maternos, fetais, infantis, é de extrema relevância a participação da escola”, ressaltou Margarida.
Compromisso do CRM-TO
Arnon Coelho Bezerra, do CRM-TO, salientou a necessidade de melhorar o pré-natal através de uma abordagem multidisciplinar para reduzir a taxa de mortalidade materna.
Dados e Metas
Em 2023, a Vigilância do Óbito Materno da SES-TO registrou 14 mortes maternas, 238 óbitos fetais e 293 óbitos infantis. A SES-TO aderiu ao projeto Zero Morte Materna do Ministério da Saúde (MS), visando intervenções eficazes para reduzir as mortes por hemorragias obstétricas e promover cuidados adequados desde a comunidade até os serviços de saúde.








