Os vereadores de Palmas solicitaram nessa quinta-feira, 12 , a rescisão da concessão da BRK Ambiental, responsável pelos serviços de água e esgoto na capital. O pedido veio após a conclusão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investigou durante quase dois anos denúncias de irregularidades na prestação de serviços, além de tarifas excessivas cobradas pela concessionária.
O relatório final, apresentado pelo vereador Nego (PL), apontou omissões por parte da BRK e falhas no acompanhamento do poder público. Nenhum representante da empresa esteve presente para acompanhar a divulgação do documento.
Entre as principais recomendações da CPI estão a realização de uma auditoria completa na BRK e a rescisão do contrato de concessão. Os vereadores também destacaram a necessidade urgente de modernizar o sistema de tratamento de água e esgoto utilizado em Palmas.
“O sistema que é usado hoje, de lagoa, são para cidades menores que se pode fazer um pouco mais da afastado da zona urbana, ele é arcaico. Tem que ser feito de maneira responsável para não prejudicar o fornecimento de água e tratamento de esgoto. Não é mais justificável nós continuarmos pagando um preço abusivo, sem um serviço de qualidade”, pontuou o vereador Nego.
Reclamações de moradores e multas milionárias
Em outubro, diversos moradores relataram o mau cheiro na água tratada que chegava às suas casas. Além disso, problemas com a rede de esgoto têm sido frequentes. No último mês, a Guarda Metropolitana Ambiental multou a BRK em mais de R$ 36 milhões devido a um vazamento de esgoto no setor Santa Fé, em Taquaralto. O incidente contaminou estradas de chão, propriedades rurais e um córrego próximo ao local.
Justificativas da BRK Ambiental
A BRK, em nota, atribuiu o vazamento às fortes chuvas que atingiram a região, causando o acúmulo de águas pluviais nas redes de esgoto. Sobre o mau cheiro na água, a empresa alegou que o problema foi provocado pelo baixo volume do Ribeirão Taquaruçu, principal fonte de captação.
Próximos passos
O relatório final da CPI será encaminhado ao Ministério Público e a outros órgãos competentes, que deverão apurar as responsabilidades civis e criminais das partes envolvidas. Enquanto isso, os vereadores reforçam a necessidade de buscar alternativas para garantir que a população de Palmas tenha acesso a serviços de água e esgoto de qualidade, a preços justos.







