O setor da piscicultura no Tocantins alcançou um crescimento expressivo neste ano. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nessa terça-feira, 17, o Estado apresentou um aumento de 31,63% na produção de pescado em 2024. O anúncio foi feito durante um evento realizado em Palmas, com a presença de representantes do Governo do Tocantins e da Secretaria da Pesca e Aquicultura (Sepea).
Os dados revelam que as espécies mais cultivadas continuam sendo os peixes redondos. O tambaqui responde por quase metade da produção total, com 48,52%. Em seguida aparecem o tambacu e a tambatinga, com 25,72%; os peixes como pintado, cachara, cachapira, pincachara e surubim, com 12,42%; a tilápia, com 4,33%; e outras espécies diversas, somando 9,01% do total produzido.
Com esses avanços, o Tocantins consolida sua posição no cenário nacional, ocupando atualmente o 17º lugar no ranking brasileiro de produção aquícola. A expectativa, segundo projeções da Sepea, é que o Estado esteja entre os cinco maiores produtores até 2027, caso mantenha o ritmo atual de crescimento.
O secretário da Pesca e Aquicultura, Rodrigo Ayres, afirmou que os resultados comprovam a consolidação do setor no Estado. “Os dados divulgados pelo IBGE confirmam o que já vínhamos percebendo em campo: a piscicultura tocantinense vive um momento de expansão sólida e consistente. Com um crescimento de 31,63% entre 2023 e 2024 , onde este valor representou um crescimento de 3.657,56 toneladas no período, ultrapassamos a marca de 15 mil toneladas de pescado produzidos. Isso evidencia a força do nosso produtor, a estrutura de cadeia produtiva, a governança e a eficácia das políticas públicas implementadas sob a liderança do governador Wanderlei Barbosa, ressaltou.
O secretário também destacou que a diversidade de espécies cultivadas é uma das grandes fortalezas do Tocantins, que alia planejamento estratégico ao respeito pelas características ambientais das bacias aquícolas. A tilápia, por exemplo, vem se consolidando de maneira gradual, integrando-se à produção estadual de forma equilibrada.
Cadeia produtiva cada vez mais estruturada
Segundo o diretor de Desenvolvimento da Aquicultura da Sepea, Thiago Tardivo, o bom desempenho é resultado direto das ações coordenadas pelo governo estadual. “Esse desempenho é resultado direto das políticas públicas implementadas pelo Governo do Tocantins, com ações voltadas ao fomento, à governança e à organização dos elos da cadeia produtiva. A diversificação da produção, com destaque para os peixes redondos, a tilápia e outras espécies nativas, mostra que o trabalho conjunto entre poder público e setor produtivo está gerando impactos positivos e sustentáveis”.
Alianças fortalecem o setor aquícola
Esse avanço é sustentado por parcerias estratégicas que reúnem instituições federais, estaduais e municipais em torno do desenvolvimento sustentável da aquicultura. O secretário Rodrigo Ayres explicou que programas como o Trilha da Pesca e Aquicultura têm sido fundamentais para impulsionar o setor.
“Esse avanço é sustentado por uma rede técnica e institucional robusta, consolidada especialmente a partir do Programa Trilha da Pesca e Aquicultura, que promove qualificação profissional, inovação tecnológica e fortalecimento das cadeias produtivas. Integram essa aliança estratégica instituições como a Universidade Federal do Tocantins (UFT), o Instituto Federal do Tocantins (IFTO), o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), a Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços (Sics), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Organização das Nações Unidas (ONU/PNUD), o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e os municípios parceiros. Juntos, estamos construindo uma política pública sustentável, técnica e socialmente comprometida com o futuro da aquicultura no Estado”, concluiu o secretário.
