Lideranças indígenas denunciam irregularidades nas escolas estaduais das aldeias Brupe e Traíra, localizadas em Tocantínia

Diante das novas evidências apresentadas ao MPTO pelas lideranças indígenas, a Seduc será notificada para se manifestar em 10 dias

 

No Ministério Público do Tocantins (MPTO), nessa terça-feira, 5 , lideranças indígenas das aldeias Xerente, especificamente nas aldeias Brupe e Traíra, localizadas no município de Tocantínia, formalizaram uma denúncia. Trouxeram à tona graves problemas enfrentados pelas escolas indígenas da rede estadual de ensino.

As reclamações abrangem diversas questões, incluindo a falta de estrutura física adequada, insuficiência de salas de aula, profissionais trabalhando sem contrato e a não observância de recomendações anteriores emitidas pelo MPTO.

ALDEIA BRUPE: 

No relato do cacique Elias Xerente, líder da aldeia Brupe, destacou-se a necessidade urgente de ampliação da Escola Estadual Indígena Krãsâpte. Com apenas duas salas de aula para atender a 110 estudantes de aldeias da região em três turnos, a falta de espaço compromete o ambiente educacional. Os profissionais da educação também, estão atuando voluntariamente desde o início das aulas, aguardando a formalização dos contratos pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

ALDEIA TRAÍRA:  

Na aldeia Traíra, sob liderança da cacique Elza Nãmnãdi Xerente, a situação não é menos preocupante. A Escola Estadual Indígena Karêhu conta apenas com uma sala de aula e carece de estrutura básica como depósito e cantina. Os utensílios de cozinha e alimentos são armazenados dentro da sala de aula, prejudicando o ambiente de aprendizado. A escola também enfrenta falta de energia elétrica desde sua construção, embora haja postes de eletricidade próximos, segundo relatos da cacique.

PROVIDÊNCIAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO:  

O MPTO, através da Promotoria Regional da Educação, está acompanhando de perto o cumprimento das recomendações anteriores, especialmente no que se refere à alimentação escolar. Diante das novas evidências apresentadas pelas lideranças indígenas, a Seduc será notificada para se manifestar em 10 dias. Se não fornecer um calendário claro para solucionar os problemas apontados, medidas legais poderão ser adotadas pelo Ministério Público.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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