Justiça acata ação do MPTO e determina reestruturação conjunta dos atendimentos especializados do SUS em Palmas

 

Uma decisão da Vara da Saúde de Palmas obriga o município de Palmas e o Governo do Tocantins a reorganizarem, de forma conjunta, a estrutura dos atendimentos especializados do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecidos na capital. A medida foi obtida por meio de ação do Ministério Público do Tocantins (MPTO) e da Defensoria Pública Estadual (DPE-TO).

De acordo com a sentença, proferida no dia 25, a gestão municipal e o governo estadual devem definir, dentro de 90 dias, como será feita a divisão de atribuições na oferta dos serviços de saúde especializados. A pactuação deverá ocorrer na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que reúne representantes das duas esferas administrativas.

Essa divisão de responsabilidades incluirá, por exemplo, cirurgias eletivas e de urgência, além de procedimentos de baixa e média complexidade.

A decisão judicial abrange a totalidade dos serviços de atenção especializada, que envolvem desde consultas com médicos especialistas até exames mais complexos e procedimentos hospitalares. O objetivo é organizar de forma eficiente os atendimentos voltados para doenças crônicas, reabilitação, diagnóstico por imagem, entre outros.

Eliminação das filas de espera

Após a pactuação, tanto o município quanto o estado deverão agir, dentro de suas atribuições, para acabar com as filas de espera existentes. Para isso, terão até 180 dias. Entre as ações exigidas estão o aumento da capacidade de atendimento por meio da contratação de novos profissionais e expansão da rede física e a realização de mutirões de consultas e exames.

A decisão também determina que os dois entes públicos atuem em conjunto para melhorar os fluxos internos e a gestão das filas de pacientes, garantindo acesso mais rápido aos procedimentos necessários.

Serviço de ortopedia também entra na ordem judicial

Além das medidas conjuntas, o município de Palmas deverá, em até 90 dias, comprovar o funcionamento dos serviços de ortopedia voltados para casos de baixa e média complexidade, incluindo atendimentos clínicos para fraturas que não exigem cirurgia.

A promotora de Justiça Araína Cesárea, titular da 27ª Promotoria de Justiça da Capital, foi a responsável por representar o MPTO no processo que resultou na decisão.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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