Falta de abrigo para idosos em Palmas leva MPTO a cobrar providências urgentes do Estado e da Prefeitura

 

Palmas, apesar de ser a capital mais jovem do país, enfrenta um grave déficit na proteção à população idosa. A cidade não possui sequer uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) pública os antigos “abrigos” o que significa que centenas de pessoas acima de 60 anos que vivem em vulnerabilidade estão desassistidas.

Essa realidade alarmante levou o Ministério Público do Tocantins (MPTO) a tomar providências. Nesta sexta-feira, 16 , a 15ª Promotoria de Justiça da Capital emitiu uma recomendação formal direcionada ao Governo do Estado e à Prefeitura de Palmas. O órgão cobra que sejam tomadas, com urgência, todas as medidas necessárias para criar e manter uma ILPI pública na capital.

Segundo o promotor de Justiça Paulo Alexandre Rodrigues de Siqueira, responsável pela recomendação, a ausência desse tipo de serviço nega aos idosos o acesso a direitos básicos e os expõe a situações de negligência, abandono e violência. A falta de abrigo específico fere diretamente a dignidade humana e contraria normas nacionais e internacionais que orientam a proteção integral das pessoas idosas.

As ILPIs são espaços coletivos que oferecem moradia, cuidados contínuos, apoio psicossocial e atendimento de saúde a pessoas com ou sem vínculos familiares. Trata-se de um recurso essencial, especialmente para quem não tem como pagar por instituições privadas.

Responsabilidade compartilhada

Na avaliação da promotoria, tanto o Estado quanto o Município podem e devem assumir a responsabilidade pela implantação da ILPI. A recomendação abre espaço para que o serviço seja gerido por qualquer uma das esferas de governo ou por meio de parceria entre ambas, desde que sejam garantidos os recursos necessários para funcionamento adequado.

O MPTO destaca que a futura ILPI precisa seguir as diretrizes da Resolução RDC nº 502/2021 da Anvisa, o que inclui equipe multiprofissional, acessibilidade, segurança sanitária, estrutura física apropriada e atendimento humanizado.

Documento oficial enviado ao alto escalão

O documento com as recomendações foi encaminhado diretamente ao governador do Tocantins, ao secretário estadual da Cidadania e Justiça e ao prefeito de Palmas. O Ministério Público aguarda a resposta das autoridades e alerta que acompanhará de perto o cumprimento das obrigações por parte do poder público.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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