Um homem apontado como líder do tráfico de drogas em uma cidade do Tocantins foi preso na manhã desta quinta-feira, 12 , durante uma operação conjunta das polícias civis do Tocantins e do Maranhão. A prisão aconteceu no município de Caxias (MA), onde ele estava escondido. A ação foi coordenada pela 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC) de Paraíso do Tocantins, com apoio da Delegacia Regional de Caxias.
O suspeito, de 28 anos, é conhecido pelo apelido de ‘Folha’. Segundo a investigação, ele era o principal nome do tráfico de drogas na cidade de Paraíso e também tinha grande influência no tráfico em outras regiões do Tocantins.
Durante o cumprimento do mandado de busca, os policiais encontraram com ele uma pistola calibre 9mm, munições, oito celulares, três identidades falsas e outros aparelhos eletrônicos. Ele foi preso em flagrante pelo crime de posse ilegal de arma de uso restrito.
Em 2023, esse mesmo homem já tinha sido identificado como responsável por mais de 100 quilos de drogas apreendidos durante a Operação Fauda. Mesmo depois da operação, ele continuou comandando o tráfico à distância, mudando constantemente de cidade para dificultar o trabalho da polícia.
Drogas com marca própria chamaram atenção da polícia
Em 2024, a 6ª DEIC voltou a apreender drogas em Paraíso. As substâncias estavam embaladas a vácuo, padronizadas e com uma logomarca chamada ‘Os Porco Loco’, numa tentativa de parecer um produto “de marca”, com origem e qualidade.
Tráfico era comandado por celular e redes sociais
Após meses de investigação, a polícia descobriu que ‘Folha’ dava ordens e controlava toda a rede de tráfico usando aplicativos de mensagens, redes sociais e ligações, sempre com números e contas em nome de outras pessoas, para dificultar sua identificação.
O delegado Antônio Onofre Oliveira da Silva Filho, que comanda a DEIC em Paraíso, explicou: “Ele repassava ordens, tabelas de preços e coordenava o transporte, a distribuição e a comercialização de entorpecentes por meio de aplicativos de mensagens, redes sociais e conexões telefônicas, utilizando, para isso, contas e linhas registradas em nome de terceiros. Essa estratégia visava criar camadas de proteção para dificultar sua identificação e localização pelas autoridades policiais”.