Prefeito de Palmas é preso em operação da PF que investiga vazamento de informações sigilosas do STJ

 

Nesta sexta-feira, 27 , a Polícia Federal (PF) cumpriu três mandados de prisão e três mandados de busca e apreensão. Essa ação faz parte de uma nova fase da Operação Sisamnes, que investiga o vazamento de informações sigilosas relacionadas a processos no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Entre os presos está o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos. Além dele, um advogado e um policial também foram detidos durante a operação. Todas as medidas foram autorizadas pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e as ações ocorreram em Palmas, no Tocantins.

A operação Sisamnes já investiga a venda de sentenças no STJ, e essa nova fase foca no vazamento dessas informações. Segundo a Polícia Federal, há indícios de que dados confidenciais estavam sendo acessados antes do tempo, organizados e repassados para os investigados, que envolvem agentes públicos, advogados e outras pessoas externas.

A PF afirma que os investigados usavam essas informações vazadas para ajudar seus aliados, atrapalhar operações policiais e formar redes de influência para benefício próprio.

Conversas indicam vazamento direto de ministros do STJ 

Durante as investigações, foram encontrados diálogos que mostram o vazamento de informações sobre processos do STJ. Em uma das conversas, Como mostrou a coluna da Mirelle Pinheiro do portal Metrópoles, o prefeito de Palmas teria dito que recebeu dados de um ministro do STJ pouco antes de uma operação da PF acontecer.

Mensagem revela alerta antecipado de afastamento de desembargadores

Em um diálogo com o advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, que é sobrinho do governador Wanderlei Barbosa, o prefeito afirmou que o ministro João Otávio de Noronha, do STJ, teria passado informações antecipadas sobre uma operação da Polícia Federal feita em 2010. O prefeito disse: “Esse Noronha, há 15 ou 18 anos, ele me chamou em Brasília e falou para mim: ‘Siqueira, só para avisar ao teu pai que vão ser afastados quatro desembargadores”.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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