A Polícia Civil realizou, nesta quinta-feira, 12 , uma operação em Palmas para investigar a participação de policiais militares e de uma médica em uma tentativa de homicídio. O caso ocorreu em 2020, quando um fisioterapeuta foi alvejado a tiros na porta de seu local de trabalho. As autoridades cumpriram cinco mandados de busca e apreensão.
As buscas foram realizadas em endereços relacionados à médica, ao pai dela e a três policiais militares. A ação foi conduzida pela Delegacia de Homicídios e teve autorização do juiz Cledson Nunes, da 1ª Vara Criminal de Palmas, com parecer favorável do Ministério Público.
De acordo com as investigações, a médica, cujo nome não foi divulgado, é ex-esposa do fisioterapeuta e estaria passando por um divórcio litigioso com ele. A suspeita é de que ela tenha contratado os policiais militares para realizar serviços de segurança privada e para orquestrar o ataque contra o ex-companheiro.
O ataque em plena luz do dia
A tentativa de homicídio aconteceu no dia 16 de abril de 2020, no setor Aureny III. Por volta das 16h, o fisioterapeuta foi surpreendido enquanto fazia uma pausa no trabalho. Ele foi atingido por seis dos nove tiros disparados, mas, mesmo ferido, conseguiu retornar ao local de trabalho e pedir ajuda. A vítima foi encaminhada à Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Geral de Palmas (HGP) e sobreviveu aos ferimentos.
Movimentação suspeita antes do crime
Testemunhas relataram que, momentos antes do ataque, homens em um carro branco foram vistos estacionados do outro lado da rua, aparentemente observando o local. Essa atitude levantou suspeitas de que o crime foi premeditado.
Visita suspeita ao hospital
Após a tentativa de assassinato, tanto a médica quanto os policiais investigados teriam ido ao HGP para buscar informações sobre o estado de saúde da vítima. O comportamento do grupo é mais um elemento que chama a atenção das autoridades e reforça as suspeitas contra eles.