Durante depoimento junto a Polícia Federal, o hacker Walter Delgatti Neto, afirmou que recebeu uma certa quantia em dinheiro da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), para que prestasse serviços cibernéticos, bem como invadir o celular e o e-mail do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Em conversa, Walter confirmou que ela teria pedido para que ele invadisse o sistema das urnas, porém o hacker disse que conseguiu acessar. Ele declarou que teria se encontrado com Carla em setembro do ano passado, em um posto de combustível localizado na Rodovia Bandeirantes. Durante o encontro, ela teria dito que se caso ele conseguisse acessar o sistema ele teria um serviço garantido, e de quebra salvaria a Democracia.
Para os policiais, o hacker ainda confessou que se encontrou no ano passado com o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, e que durante reunião, teria sido questionado se de fato era possível invadir o sistema das urnas eletrônicas.
No mandado de prisão contra Walter, ocorrido nesta quarta-feira (02), na cidade de Araraquara (São Paulo), o ministro relembrou que existem alguns áudios em que o hacker afirma ter conseguido entrar em contato com funcionários da operadora TIM, cujo objetivo visava invadir o chip que estava em nome de Moraes, porém eles não teriam topado seguir com o plano.
Posteriormente, Delgatti invadiu o sistema do Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e a deputada federal Carla Zambelli, utilizando uma credencial eletrônica roubada conseguiu redigir um mandado de prisão falso contra o ministro.
Consta ainda que a Polícia Federal está apurando outros crimes, como a emissão de pelo menos 10 alvarás de soltura em benefício de criminosos presos em todo o território brasileiro.
Além de emitir nesta quarta-feira (02), o mandado de prisão contra o hacker, o ministro ainda emitiu outros mandados de busca e apreensão em endereços que tem ligação com a deputada federal.