Servidora grávida é demitida e prefeitura de cidade do Tocantins é condenada a pagar indenização; entenda o caso

Servidora grávida é demitida e prefeitura de cidade do Tocantins é condenada a pagar indenização; entenda o caso
Foto: Prefeitura de Ponte Alta

 

Uma decisão judicial determinou que o município de Ponte Alta do Tocantins pague indenização por danos materiais e morais a uma servidora temporária que foi desligada do cargo durante a gestação. A sentença foi proferida nessa quinta-feira, 2 , pelo juiz William Trigilio da Silva, da Comarca local.

A servidora, de 41 anos, trabalhava como auxiliar de serviços gerais desde fevereiro de 2020. Segundo a ação, ela foi comunicada sobre a demissão logo após o nascimento de sua filha, em janeiro de 2021. No processo, iniciado em 2024, ela alegou que a dispensa violou seu direito à estabilidade provisória durante a gestação, prevista na Constituição Federal, e solicitou o pagamento dos salários e verbas rescisórias, além de indenização por danos morais.

O juiz reconheceu que a trabalhadora tinha direito à estabilidade provisória e à licença-maternidade, mesmo sendo contratada temporariamente. Trigilio fundamentou a sentença no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que garante proteção à gestante independentemente do tipo de contrato.

Como a estabilidade já havia terminado, a reintegração não foi possível. Em vez disso, o município foi condenado a pagar todos os salários e verbas correspondentes ao período de estabilidade, além das contribuições previdenciárias.

Danos morais e honorários

A sentença considerou que a demissão durante a gestação causou abalo psicológico à servidora e violou sua dignidade, configurando dano moral. Por isso, o município deverá pagar R$ 5 mil de indenização.

Além disso, a prefeitura terá que arcar com honorários advocatícios fixados em 10% do valor total da condenação. O pedido de recolhimento do FGTS foi negado, pois o contrato seguia o regime estatutário do município e não a CLT.

Cabe recurso contra a decisão da Justiça.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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