O Ministério Público do Tocantins (MPTO) obteve a condenação de Vanilson Alves dos Santos a 12 anos, um mês e seis dias de prisão, em regime fechado. O julgamento aconteceu no dia 4, no Tribunal do Júri da Comarca de Tocantinópolis. Ele foi responsabilizado pela tentativa de feminicídio contra sua ex-companheira. A acusação foi conduzida pelo promotor de Justiça Charles Miranda Santos.
O Conselho de Sentença aceitou as teses apresentadas pelo MPTO, reconhecendo que o crime teve motivação de gênero ou seja, foi praticado por razões da condição de sexo feminino e que o agressor usou meios que dificultaram a defesa da vítima.
Na sentença, o juiz determinou o pagamento de R$ 50 mil à vítima como indenização por danos morais. O réu não poderá recorrer em liberdade, permanecendo preso de forma preventiva para garantir a aplicação da pena. A decisão ainda é passível de recurso.
Crime ocorreu em povoado da zona rural
De acordo com a denúncia apresentada pelo MPTO, o crime aconteceu em 21 de fevereiro de 2016, em um povoado na zona rural de Tocantinópolis. Vanilson não aceitava o fim do relacionamento com a ex-companheira, com quem tinha um filho. O Ministério Público destacou que ele já havia ameaçado a mulher, afirmando que “preferiria vê-la morta a vê-la com outra pessoa”.
Ataque aconteceu durante a madrugada
Na madrugada do crime, o agressor afiou uma faca dizendo que iria descascar uma laranja. Ele esperou que a mulher dormisse em uma rede, enquanto amamentava uma bebê recém-nascida de outro relacionamento. Em seguida, se aproximou e desferiu uma forte pancada na cabeça dela com um pedaço de pau, derrubando-a da rede.
Vítima protegeu bebê durante o ataque
Mesmo após o golpe, o homem continuou o ataque, desferindo vários golpes de faca contra a vítima. Durante a agressão, ele exigiu que a mulher entregasse a criança “para matá-la”. A mãe tentou proteger a bebê com o próprio corpo, sofrendo ferimentos profundos.
Perseguição e socorro
Ainda segundo a denúncia, a mulher conseguiu fugir e correr em busca de ajuda. O agressor tentou alcançá-la de motocicleta, mas ela conseguiu chegar até a casa do pai e pedir socorro. O laudo pericial confirmou sete ferimentos e uma deformidade permanente resultante das agressões.










