Homem é condenado a 16 anos de prisão por matar ex-mulher após jogá-la contra o carro e golpeá-la com um facão

Homem é condenado a 16 anos de prisão por matar ex-mulher após jogá-la contra o carro e golpeá-la com um facão
Foto: Divulgação

 

O júri popular realizado nessa terça-feira, 2 , condenou João Batista de Sousa Lima a 16 anos e seis meses de prisão pelo assassinato da ex-companheira, a professora Maria Carmelita Sales da Silva, de 66 anos. Ele foi considerado culpado por homicídio qualificado, com a qualificadora de feminicídio.

O caso aconteceu em 2 de agosto de 2024, em Araguacema, região noroeste do Tocantins. João Batista não aceitava o fim do relacionamento de quatro anos com Maria Carmelita. Na data do crime, ele teria avistado a ex-esposa andando de bicicleta e, em seguida, jogado o carro contra ela.

Com a vítima caída no chão, o homem desceu do veículo e a atacou com golpes de facão. A professora chegou a ser socorrida e ficou internada, mas não resistiu aos ferimentos e morreu em 19 de agosto do mesmo ano.

Prisão e julgamento

Após o ataque, o réu tentou tirar a própria vida, foi socorrido e, depois de atendimento médico, acabou preso. Em audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva, e ele foi encaminhado à Unidade Penal de Paraíso.

O julgamento foi presidido pelo juiz Marcelo Eliseu Rostirolla, que determinou que a pena seja cumprida em regime fechado. O magistrado também ressaltou que o crime foi cometido de forma a dificultar qualquer reação da vítima.

A defesa informou que pretende recorrer da dosimetria da pena, alegando que João Batista confessou o crime e demonstrou arrependimento.

Decisão judicial

Na sentença, o juiz destacou que a motivação foi ligada ao inconformismo com o término do relacionamento e ao sentimento de posse do réu sobre a professora.

“Restou evidenciado que o acusado agiu motivado pela insatisfação decorrente do término do relacionamento amoroso, manifestando um claro sentimento de posse e domínio sobre a vítima (…). Tal motivação revela não apenas o inconformismo do agente com a autonomia da vítima, mas também reforça os padrões estruturais de dominação masculina, caracterizando uma forma de violência de gênero”, escreveu o magistrado.

A decisão ainda cabe recurso, mas João não poderá recorrer em liberdade.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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