O julgamento que decidiu o futuro de Adão Marques de Amorim aconteceu na sexta-feira, 28, no Tribunal do Júri de Novo Acordo, sob responsabilidade da juíza Aline Marinho Bailão Iglesias. Ele foi levado ao banco dos réus acusado de matar Rosenaldo Martins dos Santos, em setembro de 2019, depois de uma discussão boba dentro de um bar em Santa Tereza do Tocantins.
De acordo com o que está no processo, os dois começaram a debater sobre um assunto envolvendo outras pessoas. Quando o bar fechou e todos estavam indo embora, Adão teria seguido Rosenaldo e o atacado com uma facada pelas costas, o que acabou tirando a vida da vítima.
O corpo de Rosenaldo foi achado na rua. Dias depois, Adão se apresentou à polícia, negando que tivesse cometido o crime. Mesmo assim, testemunhas e o laudo da perícia apontaram elementos suficientes para que ele enfrentasse o júri popular.
Durante o julgamento, os jurados e juradas entenderam que o crime de fato aconteceu e reconheceram que Adão foi o autor do golpe fatal. O Conselho de Sentença também confirmou que o homicídio foi cometido por um motivo fútil, ou seja, sem razão que justificasse tamanha violência.
A pena aplicada
Depois da decisão dos jurados, a juíza Aline Bailão definiu a pena em 12 anos de prisão. Ela analisou o histórico do acusado e destacou que Adão não tinha outras condenações, além de não apresentar comportamento que pesasse contra ele. Por isso, não foram aplicadas agravantes nem diminuições de pena.
Réu poderá recorrer solto
A magistrada permitiu que Adão responda ao recurso em liberdade. Ela considerou que ele passou todo o processo solto, não tem antecedentes e não demonstrou intenção de fugir, o que não justificaria uma prisão preventiva neste momento.
A decisão ainda pode ser revista pelo Tribunal de Justiça, caso seja apresentado recurso pela defesa ou pela acusação.
