CNJ suspende proposta do TJTO que autorizava gestão de cartórios por pessoas sem formação em Direito

  O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu suspender um projeto enviado pelo Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) à Assembleia Legislativa que queria permitir que pessoas sem diploma de Direito pudessem administrar cartórios. O projeto pretendia mudar uma lei estadual para regularizar a acumulação ou anexação de cartórios por esses profissionais, algo que o […]

 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu suspender um projeto enviado pelo Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) à Assembleia Legislativa que queria permitir que pessoas sem diploma de Direito pudessem administrar cartórios. O projeto pretendia mudar uma lei estadual para regularizar a acumulação ou anexação de cartórios por esses profissionais, algo que o CNJ não aceita.

A decisão foi tomada na terça-feira, 23 , pelo conselheiro Ulisses Rabaneda, depois que uma advogada pediu a suspensão. Ela apontou que o projeto poderia enfraquecer uma decisão anterior do CNJ que já proíbe essa prática.

Em outra decisão anterior, o CNJ já havia reconhecido que cargos em cartórios, como registros de imóveis, registro civil e tabelionatos, devem ser ocupados apenas por pessoas com formação em Direito. O Conselho também havia determinado que essas vagas devem ser preenchidas por meio de concurso público, com prazos para regularizar a situação.

Projeto legislativo ameaça autoridade do CNJ e serviço público

Para o conselheiro Rabaneda, o projeto do TJTO prejudica a autoridade do CNJ e a qualidade dos serviços dos cartórios, por isso suspendeu sua tramitação. Ele destacou que o projeto parece tentar “burlar” a decisão anterior do Conselho.

Lei e parecer reforçam necessidade de concurso e formação jurídica

O CNJ lembra que os serviços notariais e de registro devem seguir os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência, conforme previsto na Constituição Federal. A decisão também cita entendimentos do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que confirmam a importância da função pública desses serviços e da necessidade de concurso público e formação em Direito para quem ocupa os cargos.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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