O juiz da 1ª Vara Criminal de Palmas, Cledson José Dias Nunes, decidiu que Afonso Cunha, de 24 anos, será levado a julgamento pelo Tribunal do Júri. Ele é acusado de assassinar a tiros o tatuador Thiago Sforsin Almeida Pereira da Cunha, de 36 anos, em novembro de 2020. O crime aconteceu na casa onde a vítima também trabalhava.
De acordo com o processo, Afonso marcou horário com o tatuador por aplicativo. No local, Thiago foi baleado e chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
A defesa tentou anular o processo alegando falta de provas e até legítima defesa. O réu apresentou duas versões:
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Disse que foi contratado para cobrar uma dívida de R$ 2 mil e que o tatuador negou ter o dinheiro;
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Em juízo, afirmou que havia pago R$ 2 mil por uma tatuagem, não gostou do serviço e, após um desentendimento, teria entrado em luta corporal com a vítima, quando a arma disparou.
Provas reunidas
Para o juiz, há indícios suficientes de autoria. Laudos periciais confirmam a morte por disparos de arma de fogo, e mensagens no celular da vítima, além de imagens de câmeras de segurança, ligam Afonso ao crime. Dois policiais civis ainda relataram que ele confessou na delegacia.
Decisão judicial
O magistrado ressaltou que não ficou comprovada a legítima defesa e que cabe ao Tribunal do Júri decidir se o acusado deve ser condenado. A sessão será marcada após a análise de possíveis recursos da defesa.