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Comerciante é condenado a 18 anos de reclusão por homicídio qualificado em Palmas

A acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça Argemiro Ferreira dos Santos Neto

Em um novo julgamento realizado na quinta-feira, 22, no Tribunal do Júri em Palmas, o comerciante João Abílio foi condenado a 18 anos de reclusão por homicídio qualificado. O veredicto foi proferido pelo Conselho de Sentença, que acolheu as teses de acusação do Ministério Público do Tocantins (MPTO). O crime chocou o estado e teve como vítima a esposa do réu, Elizabete Contini. O crime ocorreu em julho de 2010.

Durante o julgamento, foram reconhecidas pelos jurados as qualificadoras de motivo torpe, emprego de asfixia e homicídio cometido à traição ou mediante dissimulação, fatores que contribuíram para a elevação da pena de João Abílio. A acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça Argemiro Ferreira dos Santos Neto. O processo se estendeu por mais de 16 horas, demonstrando a complexidade e gravidade do caso.

É importante ressaltar que o réu já havia sido julgado anteriormente e absolvido em outubro de 2017. No entanto, esse primeiro júri foi anulado a pedido do Ministério Público, possibilitando a realização de um novo julgamento.

A motivação torpe do crime revelou-se quando a vítima descobriu que seu marido havia contraído dívidas em seu nome junto a instituições bancárias, decorrentes de gastos relacionados a relações extraconjugais que ele mantinha. Esse fato foi considerado um elemento significativo no desencadeamento do homicídio.

Elizabete Contini, que era professora, foi estrangulada e morta após sofrer uma fratura na coluna cervical, conforme indicado no laudo de necropsia. Seu corpo foi encontrado envolto em uma lona preta nas proximidades da Praia do Prata, em Palmas, agravando ainda mais a brutalidade do crime.

Durante o julgamento, testemunhas apresentaram provas contundentes, incluindo evidências de que o acusado adquiriu uma lona preta dias antes do crime, presumivelmente para envolver o corpo da esposa, além de ter sido visto com um pedaço de fita de tecido sintético verde, que teria sido utilizado para asfixiar a vítima e amarrar suas mãos.

O novo veredito traz um desfecho ao caso que já se arrastava há anos, proporcionando um senso de justiça para a família e para a sociedade. A condenação de João Abílio demonstra a importância do sistema judiciário na punição dos crimes e na proteção dos direitos das vítimas.

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