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Krahô in France: Filme sobre povo indígena tocantinense se destaca em Festival de Cinema de Cannes

Filme que retrata o povo indígena participa da competição 'Um certo olhar' no Festival de Cinema que acontece na França

O Palácio dos Festivais de Cannes se deslumbrou com o filme ‘A flor do buriti’ ou ‘Crowrã’, produção dirigida por Renée Nader Messora e João Salaviza, que participa da competição ‘Um Certo Olhar’, no Festival de Cannes, na França. A produção retrata o povo indígena tocantinense Krahô e faz referência ao Cerrado. 

Na mesma competição em 2018, a produção “Chuva é cantoria na aldeia dos mortos”, ganhou o prêmio do júri, e também era dirigido pela dupla Messora e Salaviza.

Na apresentação em Cannes nesta terça, 23, o instrumento tradicional maracá deu o tom, quando Francisco Hyjnõ Krahô, o tocou, na sala Debussy, no Palácio dos Festivais de Cannes, remetendo os presentes aos sons tradicionais de seu povo e as vivências na Aldeia Pedra Branca e também da aldeia Pau Brasil, onde também houve captura de cenas. 

O roteiro foi escrito por Henrique Ihjac Krahô e Francisco Hỳjnõ Krahô, que também está no elenco da produção, junto com outros membros da etnia.

Enredo 

‘A flor do buriti’ permeia entre o documentária e a encenação ficcional, para refletir sobre as consequências do período bolsonaristas para as tradições indígenas, em registros de uma aldeia tocantinense, casando imagens dos discursos de Sônia Guajajara, que atualmente ocupa o cargo de Ministra dos Povos Indígenas. 

Na obra as diferenças de visões entre os krahô e os cupê – povo não indígena – e as resistências contra a exploração da terra e dos animais estão presentes e latentes. Mas, também encontra-se a abordagem visionária dos povos tradicionais e sua relação com a vida, com a terra, seus rituais e crenças. 

Crítica

A encenação é elogiada pela qualidade estética, especialmente em cenas que trazem referências históricas à luta do povo pela sobrevivência, trazendo uma retórica dos últimos 80 anos, incluindo o massacre sofrido pelo povo Krahô em 1940. Outro ponto destacado pela crítica é o final, que traz mensagem de esperança por relações mais justas entre os povos.  

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