MPTO dá 30 dias para Seciju criar Central de Regulação de Vagas e reduzir superlotação nas prisões

MPTO dá 30 dias para Seciju criar Central de Regulação de Vagas e reduzir superlotação nas prisões
Foto: Marcelo de Deus - Dicom MPTO

 

O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp), enviou uma recomendação à Seciju para que, em até 30 dias, seja criada e regulamentada a Central de Regulação de Vagas (CRV) no sistema prisional do estado.

A ação faz parte de um procedimento administrativo que acompanha a execução da política pública prevista pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) dentro do plano Pena Justa, lançado em junho de 2025. O foco é reduzir a superlotação das prisões e garantir que as vagas sejam usadas de forma organizada, transparente e humanizada.

O documento reforça que o Ministério Público atua como fiscal do sistema prisional e integra iniciativas voltadas à melhoria das condições de cumprimento de pena.

“A Central de Regulação de Vagas é um instrumento técnico que contribui para reduzir a superlotação e assegurar que cada vaga prisional seja ocupada de forma legal, transparente e proporcional. Trata-se de um avanço necessário para garantir dignidade às pessoas privadas de liberdade e eficiência à gestão pública”, destaca o MPTO.

Contexto nacional

Atualmente, a ocupação média das prisões brasileiras é de 135%, com déficit de mais de 180 mil vagas, segundo o Guia Metodológico da CRV, elaborado pelo CNJ com apoio do PNUD.

Detalhes da recomendação

O Gaesp determinou que a Seciju estabeleça limites de ocupação por unidade prisional e aplique a regra de “porta fechada” quando o limite for atingido. Também deve definir critérios públicos e auditáveis para alocação e priorização de vagas, além de manter uma lista única e atualizada de vagas e demandas.

A Seciju deve ainda enviar relatórios periódicos e prestação de contas ao Gaesp e ao componente judicial do plano Pena Justa. O grupo é formado pelos promotores João Edson de Souza, Rafael Pinto Alamy e Paulo Alexandre de Siqueira.

Integração com CNMP e CNJ

A recomendação está alinhada às ações do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e do CNJ voltadas à melhoria do sistema prisional. O tema foi destacado durante a visita dos conselheiros do CNMP à Casa de Prisão Provisória de Palmas, no último dia 22, quando foram avaliadas as condições estruturais e operacionais das unidades prisionais do estado.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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