MP pede suspensão de contrato de R$ 80 mil sem licitação e com indícios de sobrepreço na Câmara de Alvorada

MP pede suspensão de contrato de R$ 80 mil sem licitação e com indícios de sobrepreço na Câmara de Alvorada
Foto: Reprodução

 

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) entrou, nessa segunda-feira, 15, com uma ação civil pública contra a Câmara Municipal de Alvorada. O pedido é para que a Justiça suspenda de forma imediata e, ao final do processo, declare nulo um contrato firmado sem licitação e com indícios de sobrepreço.

O acordo questionado tem valor de R$ 80 mil e foi firmado entre a Câmara Municipal e a empresa de consultoria legislativa E D O Soares, com sede em Manaus, no Amazonas. O serviço contratado prevê a reforma e a atualização da lei orgânica e do regimento interno do Legislativo municipal.

Durante a apuração, a Promotoria de Justiça de Alvorada identificou uma diferença significativa entre o valor pago pela Câmara e contratos semelhantes firmados por outras quatro câmaras municipais da região. Nesses casos, os valores variaram entre R$ 35 mil e R$ 45 mil para serviços do mesmo tipo.

Falta de pesquisa de preços adequada

Para o Ministério Público, o valor elevado do contrato está ligado à ausência de uma pesquisa de preços consistente, capaz de apontar a proposta mais vantajosa para a administração pública. Esse tipo de levantamento é obrigatório em contratações feitas com inexigibilidade de licitação, como ocorreu nesse caso.

TCE também aponta irregularidades

As falhas na contratação também foram identificadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). O órgão reconheceu o sobrepreço, apontou problemas na estimativa de preços e determinou, de forma cautelar, a suspensão do contrato, além de proibir novos pagamentos.

Recomendação ignorada antes da ação

Antes de recorrer à Justiça, a Promotoria de Justiça de Alvorada encaminhou uma recomendação à Câmara Municipal. No documento, orientou a revisão do contrato, a suspensão dos pagamentos e a realização de uma pesquisa de preços considerada idônea, mas as medidas não foram adotadas.

MP quer apuração de responsabilidades

Além de pedir a suspensão e a anulação do contrato, o Ministério Público solicita a abertura de um procedimento administrativo disciplinar para apurar a responsabilidade das pessoas envolvidas na contratação, principalmente pela falta de estimativa adequada de preços.

A ação civil pública é assinada pelo promotor de Justiça André Felipe Santos Coelho.

 

 

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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