A Polícia Civil concluiu, nessa segunda-feira, 17, o inquérito que apurava a conduta de um homem de 25 anos, identificado pelas iniciais M.J.R.S. Segundo a 63ª Delegacia de Paraíso, ele foi responsabilizado por estelionato e falsificação de documento público após negociar um imóvel que não lhe pertencia e usar a própria foto em documento de outra pessoa.
De acordo com o delegado José Lucas Melo, que liderou a investigação, o caso começou no início de novembro. O suspeito teria trocado a casa onde morava por um carro, mas o imóvel não era de sua posse ele apenas estava autorizado a ocupar o local pelo ex-sogro. “Ocorre que a residência que ele colocou no negócio não lhe pertencia, mas apenas lhe foi autorizado permanecer no local pelo ex-sogro, como gesto de ajuda”, explicou o delegado.
A situação veio à tona quando a pessoa que recebeu a casa descobriu que o negociador não era proprietário do imóvel. Após perceber a inconsistência, ela procurou a Polícia Civil para registrar o caso.
Mandado de prisão antigo levou polícia ao suspeito
Durante o aprofundamento da apuração, foi identificado que havia contra o investigado um mandado de prisão referente a crime patrimonial anterior. Com isso, equipes da 9ª Central de Atendimento da Polícia Civil de Paraíso localizaram o suspeito e efetuaram a prisão conforme a ordem judicial que permanecia em aberto.
No momento da prisão, a polícia recuperou o veículo que havia sido adquirido na troca ilegal e devolveu o bem ao verdadeiro dono.
Documento falso foi encontrado com o investigado
O delegado também confirmou que, entre os objetos apreendidos, havia uma carteira de identidade contendo a foto do suspeito, porém com dados de outra pessoa. A intenção, segundo a polícia, era dificultar a identificação, já que ele tinha um mandado de prisão contra si.
Durante o interrogatório, o homem confessou a prática das fraudes. Ele foi encaminhado à unidade penal da região, onde continuará à disposição da Justiça.
Polícia alerta para cuidados em negociações de imóveis e veículos
Ao comentar o caso, o delegado José Lucas Melo reforçou a necessidade de cautela em qualquer tipo de negociação. Ele lembrou que é essencial confirmar a identidade de quem participa do negócio e verificar se a pessoa está legalmente autorizada a vender ou trocar o bem.
“É de fundamental importância que qualquer negociação seja formulada atendendo aos requisitos mais rígidos de segurança, para que o cidadão de boa fé não seja vítima de um golpe, como no caso em apreço. Dessa forma, toda pessoa que deseja negociar algum bem, seja móvel ou imóvel, deve adotar as cautelas necessárias e procurar conhecer ao máximo a identidade da outra parte com quem esteja negociando”, pontuou.
Com a finalização das apurações, o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para as próximas etapas legais.









