O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), está presente na 25ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), que acontece em Olinda (PE). No evento, o estado conta com um estande que dá visibilidade ao talento e à criatividade dos artesãos tocantinenses.
A participação na feira faz parte de uma iniciativa que busca fortalecer o artesanato como uma atividade cultural importante e também como fonte de renda para muitas famílias, comunidades e aldeias. Segundo o secretário da Cultura, Tião Pinheiro, essa ação está alinhada às diretrizes do governo estadual, que busca incentivar e valorizar a produção cultural local.
A qualidade do artesanato tocantinense foi elogiada pelo secretário nacional do Artesanato e do Microempreendedor Individual, Milton Coelho, que visitou o espaço dedicado ao Tocantins na sexta-feira, 11. Ele percorreu a área do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) e destacou o quanto o estado se destaca nesse setor.
“Como secretário nacional do Artesanato, tenho uma alegria imensa de estar aqui no estande do Tocantins. O Estado produz um artesanato de alta qualidade, que expressa com arte a sua identidade. O Governo do Tocantins tem dado um apoio importante para a participação nas feiras nacionais, e isso também impacta positivamente a economia brasileira, já que o artesanato gera renda para muitas famílias e núcleos produtivos. É algo que nos enche de alegria”, afirmou Milton.
Fortalecimento de parcerias culturais
Durante a programação, o estande tocantinense recebeu a visita do presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Mendes. Ele foi recebido por Tião Pinheiro e pela secretária-executiva da Secult, Valéria Kurovski. O encontro serviu para estreitar os laços entre os dois estados e reforçar a importância da Fenearte como um espaço de troca e articulação entre gestores culturais.
Capim-dourado com alcance internacional
Entre os artesãos que estão participando da feira, um dos destaques é o trabalho de Eliene Bispo, da Associação Dianapolina de Artesãos. Há mais de 20 anos ela trabalha com o capim-dourado e, atualmente, exporta suas peças para sete países. Neste ano, ela apresentou uma nova coleção inspirada nas filigranas de Natividade, com apoio técnico do Sebrae.
“Essa nova coleção surgiu com o apoio da artesã Ana Cláudia, contratada pelo Sebrae, e trouxe peças como a mandala, um colar de mesa e um porta-joias. Para mim, estar exportando hoje depois de tantos desafios é muito significativo. Participei de uma oficina da ApexBrasil e aprendi, por conta própria, como fazer todo o processo de exportação. Por isso, sempre que posso, ajudo outros artesãos que estão começando”, contou Eliene, emocionada com o reconhecimento que vem recebendo no exterior.
Caminho para o mercado externo
A especialista da ApexBrasil, Adamita Mizuno, também acompanhou a feira e reforçou a importância da preparação para exportar. Segundo ela, participar de eventos como a Fenearte ajuda os artesãos a ganhar experiência e se preparar para vender dentro e fora do Brasil.
A ApexBrasil possui o programa “Brasil Feito à Mão”, voltado especialmente ao apoio do artesanato nacional. A iniciativa oferece cursos, consultorias, suporte logístico e ainda garante participação em feiras e rodadas de negócios.