Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas promove união contra a violência
O principal objetivo do encontro foi elaborar um plano de ação abrangente, visando integrar os esforços já existentes para educar os estudantes sobre a Lei Maria da Penha e fomentar discussões sobre a erradicação da violência contra a mulher
A Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas, estabelecida pela Lei n° 3.442 no Tocantins, é um marco no calendário educacional, que visa a conscientização e prevenção da violência contra a mulher e será realizada de 5 a 8 de março.
Representantes de diversas instituições, incluindo a Secretaria de Estado da Mulher, Saúde, Tribunal de Justiça, polícias Militar e Civil, OAB e Defensoria Pública, colaboraram em uma reunião para planejar a semana e estabelecer um grupo de trabalho.
A semana visa instruir os estudantes sobre a Lei Maria da Penha, estimular debates sobre a violência contra a mulher e criar um calendário anual unificado de atividades. “Neste encontro de planejamento da programação, que será promovida nas nossas unidades de ensino, iniciamos também a formação de um grupo de trabalho colaborativo com uma visão sistêmica, não apenas com ações pontuais, com um plano de trabalho para o ano inteiro e que seja desenvolvido em todo o território do Tocantins”, disse a superintendente de Políticas Educacionais da Seduc, Márcia Brasileiro.
LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA:
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O principal objetivo do encontro foi elaborar um plano de ação abrangente, visando integrar os esforços já existentes para educar os estudantes sobre a Lei Maria da Penha e fomentar discussões sobre a erradicação da violência contra a mulher. Buscou-se estabelecer um calendário anual unificado de atividades em todo o estado.
DADOS E A NECESSIDADE DE AÇÃO:
Durante o evento, foram expostos dados preocupantes acerca da violência direcionada às mulheres no país. As estatísticas mostram uma realidade alarmante, com um estupro ocorrendo a cada 11 minutos, uma mulher sendo assassinada a cada duas horas e 503 mulheres sofrendo agressões a cada hora.
Simone Pacini, assessora de gabinete da Secretaria de Estado da Mulher, ressaltou o papel crucial das escolas na promoção da conscientização sobre a violência de gênero. “A escola é um ambiente privilegiado para essa reflexão, envolvendo estudantes, professores e famílias. Acreditamos que essa iniciativa terá impactos positivos significativos na redução da violência contra a mulher no Tocantins”, afirmou.
A proposta de alinhar as ações já em andamento nas escolas com especialistas do Tribunal de Justiça, apresentada por Mayana Araújo, da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, visa ampliar o atendimento e a identificação de casos de violência, direcionando-os para o suporte adequado.
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Francieles Ferreira, representante do Núcleo Especializado de Proteção e Defesa aos Direitos da Mulher da Defensoria Pública, sublinhou a importância de conscientizar e atender crianças e adolescentes afetados indiretamente pela violência de gênero. “As crianças são vítimas indiretas da violência contra a mulher e que carregam traumas tão profundos quanto os de quem sofreu a violência em si”.
AMPLIAÇÃO DO ATENDIMENTO E PROTEÇÃO ÀS VÍTIMAS:
A integração de esforços entre instituições busca ampliar o atendimento às vítimas, com foco especial nas crianças e adolescentes afetados indiretamente pela violência doméstica. O tenente-coronel João Leyde de Souza, diretor de Programas Sociais da Polícia Militar, destacou a eficácia das iniciativas conjuntas, como a Patrulha Maria da Penha e o Proerd, na sensibilização e combate à violência contra a mulher.
