Organização criminosa “Tropa do Magrão” condenada a mais de 530 anos de prisão por tráfico no Bico do Papagaio

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Cel. Glauber (editor-chefe)

A Justiça determinou uma sentença histórica contra os 24 integrantes da organização criminosa conhecida como “Tropa do Magrão”, oriunda do Maranhão e estabelecida em Augustinópolis, no Bico do Papagaio, para cometer atos de tráfico de drogas. O juiz Alan Ide Ribeiro da Silva, da 2ª Vara de Augustinópolis, foi quem proferiu a decisão, que totaliza mais de 530 anos de prisão, além de multas que ultrapassam a marca de R$ 1,2 milhão.

A operação policial “Absterg”, realizada pela Polícia Civil do Tocantins, foi responsável por desarticular a facção, que, segundo as investigações, espalhou terror na região por meio de pichações, venda de entorpecentes, assassinatos cruéis, sessões de tortura e imposição de toques de recolher.

O magistrado fundamentou sua decisão na Lei de Organização Criminosa (Lei n. 12.850/2013), destacando que as provas apresentadas demonstram claramente a associação dos réus em uma estrutura ordenada para a prática de crimes com penas máximas superiores a quatro anos.

As investigações revelaram que o líder da facção, que exercia controle mesmo estando preso no presídio de Pedrinhas, no Maranhão, recebia uma pena de 26 anos, 5 meses e 15 dias de reclusão, além de multas. Sua esposa, que desempenhava papel de gerente financeira da organização, foi condenada a 25 anos de prisão.

O primeiro escalão da organização, composto por membros encarregados de tarefas específicas, recebeu pena similar à do líder. Já o segundo escalão, responsável pela gestão local do tráfico e pela comunicação com a liderança, foi condenado a penas variando entre 18 e 26 anos de prisão.

Além disso, o juiz considerou agravantes como reincidência e a participação em outros crimes, aumentando as penas para alguns réus. Quatro denunciados não foram localizados e enfrentarão processos separados.

Com essa sentença, a Justiça busca não apenas punir os responsáveis pelos crimes, mas também enviar um claro sinal de que atividades criminosas não serão toleradas na região, buscando assim garantir a segurança e tranquilidade da população do Bico do Papagaio.

Cel. Glauber (editor-chefe)

Editor-chefe do Site JusTocantins, coronel da reserva da PMTO, formado em Segurança Pública, Direito e Administração de Empresas. Pós-graduado em Gestão Pública, Docência do Ensino Superior. Ex-Comandante Geral da PMTO, ex-Secretário de Justiça, Professor universitário, Pai de 4 filhos e 3 netos . Grato a DEUS pela minha vida