Irregularidades nas UTIs do Hospital Geral de Palmas são expostas por investigação do Ministério Público do Tocantins

Publicado por
Flávia Ferreira

 

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) conduziu uma investigação que mostrou uma série de irregularidades nas alas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinadas a adultos e crianças no Hospital Geral de Palmas (HGP). Esta análise ocorreu na última sexta-feira, 18 , sendo conduzida por uma equipe do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CaoSAÚDE).

Na seção dedicada à UTI pediátrica, foi constatada uma escassez de profissionais essenciais, medicamentos e insumos. Na ala dos pacientes adultos, o MPTO detectou que diversas camas permaneciam vazias devido à ausência de trabalhadores.

Os serviços de UTI no HGP foram terceirizados para a Associação Saúde em Movimento (ASM) pelo Estado. O Ministério Público tem monitorado de perto a qualidade da prestação desses serviços. No mês de junho, a 27ª Promotoria de Justiça da Capital solicitou ao Judiciário a suspensão da gestão terceirizada do serviço de UTI pediátrica no HGP. Até o momento, esse caso específico está aguardando avaliação no sistema judiciário.

No dia 16, uma quarta-feira, o MPTO obteve uma decisão judicial que requer que o Estado forneça explicações acerca dos supostos atrasos no pagamento dos funcionários da ASM. Esses atrasos estariam, alegadamente, prejudicando a qualidade dos serviços oferecidos à população. A decisão também determina a imediata instituição de um plantão médico diário na UTI pediátrica.

AÇÕES TOMADAS

Os relatórios detalhando as irregularidades identificadas durante a inspeção realizada no dia 18 serão submetidos aos Promotores de Justiça Araína Cesárea, responsável pela 27ª Promotoria de Justiça da Capital, encarregada das questões relacionadas à UTI pediátrica e a Thiago Ribeiro Franco Vilela, titular da 19ª Promotoria de Justiça da Capital, responsável por lidar com questões da UTI adulta no HGP. Essas medidas estão sendo tomadas com o intuito de assegurar a implementação das ações necessárias.

No dia 15 do mês passado, o MPTO organizou uma audiência administrativa para supervisionar a prestação de serviços da Terapia Intensiva para adultos no HGP. Durante essa sessão, Thiago Ribeiro exigiu esclarecimentos acerca da qualidade dos serviços prestados pelos profissionais.

Durante esse encontro, um representante da ASM informou que houve substituição de alguns membros da equipe e que os times estão passando por treinamento para solucionar as questões relacionadas à qualidade da mão de obra.

Flávia Ferreira