Casal condenado por roubo seguido de morte e ocultação de cadáver de mototaxista em Araguaína

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Cel. Glauber (editor-chefe)

O casal identificado como “Lúcia”, de 40 anos, e “Rafael”, de 25 anos, foi condenado a mais de 50 anos de prisão, somadas as penas aplicadas pelo juiz Antônio Dantas de Oliveira Júnior, da 2ª Vara Criminal de Araguaína. A sentença é decorrente do roubo seguido de morte e ocultação do corpo do mototaxista Francisco Fernandes da Silva, conhecido como “Fernandinho”.

Na decisão judicial, proferida na sexta-feira (3/5), “Lúcia” foi sentenciada a 25 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão, além de 70 dias-multa. Já “Rafael” recebeu uma condenação de 25 anos, 2 meses e 29 dias de reclusão, além do pagamento de 62 dias-multa.

O crime, tipificado como latrocínio e ocultação de cadáver, foi cometido em concurso de agentes e mediante emboscada, contra um indivíduo com mais de 60 anos. A vítima desapareceu em 15 de março de 2023 e seu corpo foi encontrado mais de três meses após o sumiço, quando já tinha 68 anos.

De acordo com a sentença, a investigação teve avanços após a quebra de sigilo telefônico de um dos aparelhos da vítima, que estava sendo utilizado por traficantes de drogas da região. Durante buscas e apreensões policiais, os traficantes colaboraram na identificação do casal, que havia repassado o celular em troca de drogas.

Segundo apurado durante o processo, “Lúcia” atraiu o mototaxista para sua residência sob o pretexto falso de ter encontrado documentos perdidos por ele. Durante uma briga no local, o casal matou o mototaxista a marteladas. Posteriormente, o corpo foi arrastado por “Rafael” para um lote próximo, onde foi encontrado carbonizado após o terreno ser incendiado por populares, sem que estes percebessem a presença do corpo.

O juiz também determinou uma indenização a ser paga aos herdeiros da vítima após o esgotamento de todos os recursos contra a condenação. Além disso, negou aos dois condenados o direito de recorrer em liberdade, visando resguardar a ordem pública.

Para o juiz Antônio Dantas, a gravidade do crime e a forma como foi cometido geram protestos e consternação na sociedade, justificando a manutenção da prisão preventiva do casal para evitar que continuem praticando delitos e impondo terror à população de Araguaína.

Cel. Glauber (editor-chefe)

Editor-chefe do Site JusTocantins, coronel da reserva da PMTO, formado em Segurança Pública, Direito e Administração de Empresas. Pós-graduado em Gestão Pública, Docência do Ensino Superior. Ex-Comandante Geral da PMTO, ex-Secretário de Justiça, Professor universitário, Pai de 4 filhos e 3 netos . Grato a DEUS pela minha vida