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Pastor detido no Tocantins é suspeito de comandar esquema milionário de fraudes financeiras, enganar milhares de pessoas e causar prejuízos de mais de R$ 150 milhões

Publicado por
Flávia Ferreira

 

A prisão de Osório José Lopes Júnior, um pastor de 43 anos, ocorreu em um rancho na zona rural de Sucupira, região sul do Tocantins, na companhia de seu segurança particular. A detenção foi motivada por seu envolvimento em um esquema de fraude financeira de grande escala, no qual prometia lucros extraordinários, chegando à quantia surpreendente de ‘um octilhão’ de reais para suas vítimas.

As autoridades responsáveis por essa operação, a Polícia Civil do Tocantins, especificamente a 8ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado, localizaram o pastor Osório em um rancho que supostamente pertencia à família dele, pouco depois das 17h dessa quinta-feira, 21. O líder religioso não ofereceu resistência à sua prisão, mesmo com a presença de seu segurança pessoal. Após o ocorrido, Osório foi conduzido para a Casa de Prisão Provisória de Gurupi, onde aguardará as decisões da Justiça.

ENTENDA A OPERAÇÃO 

O pastor era alvo de busca pela Polícia Civil do Distrito Federal devido ao seu suposto envolvimento em um esquema que causou prejuízos enormes a mais de 50 mil pessoas, com lucros que ultrapassam a marca de R$ 150 milhões, tanto dentro quanto fora do Brasil. A operação que resultou em sua prisão foi liderada pelo delegado-chefe da 8ª DEIC, Rafael Falcão, após a obtenção de informações que indicavam sua presença na propriedade localizada no sul do estado.

OPERAÇÃO “FALSO PROFETA”

De acordo com o delegado Falcão, as investigações realizadas pela Polícia Civil do Distrito Federal indicavam que Osório era um dos líderes de um esquema milionário de golpes financeiros que operava há cinco anos. A operação “Falso Profeta” da Polícia Civil do Distrito Federal, realizada na manhã da última quarta-feira, 20 , teve como objetivo cumprir dois mandados de prisão e 16 de busca e apreensão, sendo um deles direcionado a Osório. A investigação da Polícia Civil revelou que o grupo conseguiu movimentar a quantia de R$ 156 milhões ao longo de um período de cinco anos. Eles também estabeleceram 40 empresas fictícias e gerenciaram mais de 800 contas bancárias sob suspeita.

O ESQUEMA 

O esquema, contava com a participação de dezenas de líderes evangélicos e cerca de 200 membros, recrutava principalmente fiéis pelas redes sociais, convencendo-os a investir suas economias em operações financeiras fraudulentas e falsos projetos de ações humanitárias, prometendo lucros exorbitantes, como a mencionada promessa de R$ 1 octilhão com um depósito de apenas R$ 25,00.

AS ACUSAÇÕES

A Justiça do Distrito Federal analisará seu caso, determinando as medidas cabíveis diante das acusações que incluem lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, sonegação fiscal e estelionato praticados por meio de atividades cibernéticas.

Flávia Ferreira