Operação Terra Tombada: Polícia Civil investiga e combate conflitos agrários em Wanderlândia, norte do estado

Publicado por
Flávia Ferreira

 

Na manhã desta quarta-feira , 26, a Polícia Civil realizou uma operação denominada “Terra Tombada”, com o objetivo de investigar, impedir confrontos e disputas relacionadas à posse de terras na área rural de Wanderlândia, na região norte do estado. A ação teve início nas primeiras horas do dia e contou com dezenas de policiais civis da 30ª Delegacia de Wanderlândia, com apoio das unidades da 3ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (3ª DEIC) de Araguaína, da 2ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ª DHPP) de Araguaína e do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE), Unidade Tática da PC-TO.

A investigação se concentrou em uma fazenda de aproximadamente 400 alqueires, onde cerca de 50 famílias de posseiros estão instaladas. Segundo O delegado Márcio Lopes da Silva, responsável pelo caso, um grupo de pessoas vindas do Paraná chegou à cidade, buscando tomar posse da área e ameaçando os posseiros já estabelecidos. Utilizando armas de fogo e câmeras nas proximidades das residências, o grupo intimidava os posseiros e fazia propostas para comprar os lotes daqueles que desejassem deixar as terras, mas tais acordos nunca eram honrados.

“Os posseiros, por meio de uma associação, registraram diversos boletins de ocorrência denunciando as ameaças, o que deu início à investigação conduzida pela 30ª Delegacia de Wanderlândia”, explicou o delegado.

Durante o processo de investigação, a polícia conseguiu identificar os suspeitos, que estavam vivendo em barracos e construindo uma casa dentro da fazenda em questão. O homem apontado como líder do grupo também foi identificado e estava residindo em uma casa no centro de Wanderlândia.

Diante das denúncias e das evidências coletadas, a Justiça autorizou a realização de dois mandados de busca e apreensão nos locais apontados como reduto do grupo suspeito. Os policiais cumpriram os mandados nesta quarta-feira , 26, e apreenderam diversos aparelhos e documentos que podem ser cruciais para a investigação.

Durante a ação, a polícia também identificou que um dos homens presentes na fazenda possuía um mandado de prisão em aberto. E, três investigados já haviam sido presos pela Polícia Militar em dezembro do ano passado, mas acabaram sendo liberados para responder ao processo em liberdade.

Os suspeitos alegaram que estavam agindo a serviço de um advogado ainda não identificado. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes e envolvidos nesse conflito agrário que tem gerado tensões na região.

Flávia Ferreira