Família de Dad Charada suspeita de circunstâncias duvidosas em sua morte no presídio e investigação é aberta pelo Estado

Publicado por
Flávia Ferreira

 

O secretário de Cidadania e Justiça, Deusiano Pereira de Amorim, ordenou a abertura de uma sindicância para investigar os eventos ocorridos no dia 23 de julho, quando Carlos Augusto Silva Fraga, conhecido como Dad Charada, foi encontrado morto em sua cela no presídio Barra da Grota, localizado em Araguaína. Dad Charada era suspeito de envolvimento em aproximadamente 50 homicídios na capital e havia sido transferido para o Tocantins em 11 de julho, após sua prisão no Rio Grande do Sul.

Os primeiros indícios apontaram para a possibilidade de suicídio, segundo o atestado de óbito emitido. Mas, a família do detento não acredita nessa hipótese, devido às ameaças que Charada vinha recebendo. Diante disso, os advogados Zenil Drumond e Iago Augusto Marinho requereram judicialmente a realização de um novo exame pelo Instituto Médico Legal de Palmas, em razão da demora na condução do processo no Instituto Médico Legal de Araguaína.

Enquanto aguardavam o resultado do novo exame, o corpo de Dad Charada foi velado por três dias e, finalmente, sepultado na quinta-feira , 27 . A sindicância, busca esclarecer os fatos que envolvem a morte do detento e as circunstâncias que levaram a esse desfecho.

INVESTIGAÇÃO É ABERTA PARA APURAR RESPONSABILIDADE EM CASO DE MORTE DE DETENTO NO PRESÍDIO

Na quinta-feira , 27,  foi publicada no Diário Oficial do Tocantins a portaria que determina a abertura de uma investigação para apurar a responsabilidade de servidor público em relação ao falecimento de Carlos Augusto Silva Fraga, ocorrido dentro do presídio Barra da Grota, em Araguaína.

A sindicância ficará sob a responsabilidade da Comissão Permanente de Procedimentos Disciplinares e Sindicância, que terá amplo acesso ao setor a ser investigado, bem como a toda documentação necessária para esclarecer os fatos. Além disso, a comissão poderá colher depoimentos e outras provas consideradas relevantes para a elucidação do caso.

O prazo estipulado para a conclusão da apuração é de 30 dias, podendo ser prorrogado caso haja necessidade. A medida pretende garantir a transparência e celeridade na investigação do ocorrido.

Em nota, a Secretaria da Cidadania e Justiça do Tocantins informou que a sindicância foi instaurada com o objetivo de assegurar que todas as medidas protocolares adequadas em casos de mortes de detentos dentro do sistema prisional tenham sido devidamente adotadas no caso de Carlos Augusto Silva Fraga.

Flávia Ferreira