Durante operação realizada em novembro, a Polícia Civil apreendeu celulares, armas de fogo, munições e rádios comunicadores - Foto: Divulgação PCTO/Governo do Tocantins
Na manhã desta quarta-feira, 3, o fazendeiro araguainense L.F.A., alvo de investigações pelos crimes de associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo, ameaça, lesão corporal e incêndio, foi localizado e preso em Recife (PE). O cumprimento do mandado de prisão foi possível através do compartilhamento de informações entre as Polícias Civil do Tocantins e de Pernambuco, além da colaboração da Polícia Federal.
Os delitos sob investigação ocorreram em meio a conflitos agrários na Gleba Tauá, zona rural de Goiatins. L.F.A. estava foragido do Estado e foi encontrado em um hotel no bairro Pina, área nobre da capital pernambucana. A prisão foi realizada pelas equipes do Grupo de Capturas da Polícia Federal (GCAP-PF) e do Grupo de Operações Especiais da PC-PE.
O delegado Jodivan Benevides, que responde pela 35ª Delegacia de Polícia Civil de Goiatins, informou que o fazendeiro foi conduzido para a Delegacia de Polícia de Recife. Após os procedimentos legais, ele foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem (Cotel), onde aguardará a decisão sobre seu recambiamento para o Estado do Tocantins.
Conflito na Gleba Tauá: Operação Hórus desarticula ação criminosa
A investigação dos conflitos recorrentes entre posseiros e fazendeiros na Gleba Tauá tem transcorrido há mais de um ano. Em 6 de novembro de 2023, equipes da 35ª DP de Goiatins cumpriram mandados de busca e apreensão no local, resultando na apreensão de celulares, armas de fogo, munições e rádios comunicadores. Durante a ação, quatro adultos foram autuados em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, corrupção de menor e dois adolescentes foram autuados pelo ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo.
O delegado Breno Eduardo Campos Alves, responsável pelas investigações, ressaltou que a operação faz parte da Operação Hórus e contou com o apoio de diversas unidades policiais, incluindo a 2ª Delegacia Regional de Araguaína, a 2ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP – Araguaína) e o Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE). A ação visa mitigar a violência nos conflitos agrários presentes na região.