O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) reconheceu o Tocantins e outros 16 estados, além do Distrito Federal, como zonas livres de febre aftosa sem a necessidade de vacinação. Esse reconhecimento implica na suspensão da aplicação das doses de vacina em bovinos e bubalinos a partir de 2 de maio nos estados mencionados, conforme estabelecido na Portaria nº 665, de 21 de março de 2024, publicada no Diário Oficial da União no dia 25.
Essa mudança, impactará aproximadamente 11,5 milhões de bovinos e bubalinos no Tocantins, espalhados por mais de 100 mil fazendas no estado. Essa mesma decisão também se estenderá aos outros 16 estados reconhecidos, incluindo Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe e o Distrito Federal.
De acordo com essa nova regra, não será permitido guardar nem vender as vacinas, a menos que seja em locais autorizados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) para negociação com estados que ainda aplicam vacinas regularmente em bovinos e bubalinos.
Em 2023, o Tocantins foi autorizado a parar de vacinar contra a febre aftosa. Desde então, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapec), em colaboração com o Ministério da Agricultura, fez várias inspeções ativas nas fazendas, incentivou os criadores a fornecer informações sobre seus animais e deu orientações regulares aos produtores e empresários rurais.
No estado, está em andamento um estudo Soroepidemiológico para confirmar a ausência do vírus da febre aftosa, com o objetivo de eliminar definitivamente a necessidade de vacinação anual contra essa doença em todo o país. O estudo envolve 1.171 animais de 53 fazendas em 40 municípios do Tocantins, como parte das ações do Plano Nacional para interromper a vacinação contra a febre aftosa.